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MinC indica ‘Pequeno Segredo’ para disputar vaga no Oscar

O Ministério da Cultura (MinC) anunciou nesta segunda-feira que Pequeno Segredo, do cineasta catarinense David Schurmann, vai ser o filme brasileiro a disputar uma vaga entre os indicados a melhor filme estrangeiro do Oscar 2017. Aquarius, longa de Kleber Mendonça Filho que se viu no meio de uma controvérsia nas últimas semanas, ficou de fora.

Pequeno Segredo tem estreia prevista para 10 de novembro. O longa é baseado em uma história real que aconteceu com a família do cineasta, sobre a adoção e a infância de Kat, filha adotiva do casal Heloisa e Vilfredo Schurmann e irmã de David. O filme conta com Julia Lemmertz, Marcello Antony, Fionula Flanagan e Maria Flor no elenco.

O anúncio foi feito na Cinemateca Brasileira. A comissão especial responsável pela escolha, indicada pelo MinC, era formada por Adriana Scorzelli Rattes, Bruno Barreto, Carla Camurati, George Torquato Firmeza, Luiz Alberto Rodrigues, Marcos Petrucelli, Paulo de Tarso Basto Menelau, Silvia Maria Sachs Rabello e Sylvia Regina Bahiense Naves. Os profissionais, de diferentes setores do audiovisual brasileiro, analisou dezesseis filmes.

Agora, Pequeno Segredo vai passar pelo processo seletivo da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que organiza o Oscar. Serão escolhidos cinco produções para disputar o troféu. A premiação acontece em 26 de fevereiro de 2017, em Los Angeles.

Aquarius — Nas últimas semanas, Aquarius se viu no centro de uma controvérsia do meio cinematográfico brasileiro. Primeiro, o longa recebeu classificação indicativa de 18 anos pelo Ministério da Justiça, que justificou a decisão afirmando que o filme possui cenas de “sexo explícito e drogas” – o que foi revisto mais tarde, com a classificação mudando para maiores de 16 anos. Em seguida, os cineastas Gabriel Mascaro, Anna Muylaert e Aly Muritiba retiraram seus filmes, Boi Neon, Mãe Só Há Uma e Para Minha Amada Morta, respectivamente, da disputa pela indicação do Brasil à categoria de melhor filme estrangeiro do Oscar – a intenção era dar destaque a Aquarius, que, segundo eles, estaria sofrendo uma retaliação política.

A teoria advém da presença de Marcos Petrucelli entre os nove nomeados para participar da comissão responsável pela escolha – Petrucelli é um forte crítico do pernambucano e da ação promovida por ele no tapete vermelho do Festival de Cannes, onde sua equipe protagonizou um protesto contra o impeachment de Dilma Rousseff.

Depois, A atriz Ingra Lyberato e o cineasta Guilherme Fiúza Zenha decidiram deixar a comissão. “Como a comissão tem sua legitimidade questionada por grande parte de nossa classe, me retiro em respeito a minha própria tribo, lamento profundamente esse conflito e torço para que nova comissão encontre legitimidade”, escreveu Ingra em seu perfil no Facebook.

(Com informações da VEJA.com)

Mesmo não indicado pelo MinC para o Oscar de filme estrangeiro, Aquarius ainda pode disputar estatuetas em outras categorias da premiação – a Academia de Hollywood permite que qualquer filme que fique em circuito comercial na região de Los Angeles pelo menos sete dias concorra em outras categorias. Por lá, o filme estreia em outubro.

Fonte: None

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