'Criticado eu sempre fui' -

'As letras do sertanejo são muito pouco desenvolvidas', diz Nando Reis

Nando Reis está incomodado. E isso não tem a ver com a recepção de seu novo trabalho, o intimista e ao vivo "Voz e Violão - No Recreio - Vol. 1". O desconforto começou há cerca de dois meses, em um uma sessão de fisioterapia, e culminou em 30 dias sem poder chegar perto de um violão.

"Eu treino, e tive um problema no ombro. Mas aí veio essa lesão na articulação do dedo da mão esquerda. Tive que ficar um mês de molho, fazendo shows em um arranjo diferente, só cantando. Tá doendo pra caramba ainda", conta o cantor ao UOL, sentado na varanda de sua casa cor de goiaba no bairro do Pacaembu, em São Paulo.

Logo ao lado, em sua espaçosa e arejada sala de estar, Nando guarda parte de um rico universo musical. Instrumentos e amplificadores acomodados pelos cantos, edições luxuosas de livros sobre a história da música em uma mesa lateral, cerca de 300 LPs clássicos em invejável estado de conservação (especialmente grande a coleção de Bob Dylan e Neil Young) no pé de uma das paredes, além de um quebra-cabeças de 1.500 peças, recém-importado da Inglaterra e ainda em fase de construção.

"Ah, mas isso é uma herança familiar. Um deleite. A coisa mais gostosa do mundo é sentar ali com minhas filhas e ficar ouvindo música e montando", conta Nando, em um dos parcos momentos de amenidades da entrevista. Franco, o ex-Titã não titubeia ante a nenhum assunto —ou quase isso: exceção feita à sua conhecida relação com a cocaína.

Sobrou (e muito) para os críticos musicais ("a visão que têm sobre meu trabalho é a de que, por ser popular, ele é carente de qualidade artística"), para a nova modalidade do "fã" caça-selfie ("isso me enche o saco"), para os sertanejos ("acho as letras muito pouco desenvolvidas") e até para o seu time de coração ("o São Paulo está quebrado").

Fonte: Com informação do UOL

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