
Meta considera inserir anúncios no WhatsApp, causando controvérsia interna
As equipes da Meta, empresa controladora do Facebook e do Instagram, estão atualmente debatendo a possibilidade de inserir anúncios no WhatsApp, o serviço de mensagens mais popular do mundo, com 2,23 bilhões de usuários ativos mensais. Essa proposta tem gerado polêmica dentro da empresa.
Disputa interna:
A controvérsia não se limita apenas à discussão sobre a inclusão de propagandas no aplicativo. A reportagem do jornal Financial Times (FT) também está envolta em polêmica. Will Cathcart, chefe do WhatsApp, refutou publicamente a notícia, afirmando no Twitter: "Essa história do @FT é falsa. Não estamos fazendo isso."
Entretanto, o FT observa que um porta-voz do WhatsApp não negou que a ideia esteja sendo debatida, antes da publicação da reportagem original. A questão aparentemente tem gerado discussões entre os principais executivos da empresa, embora haja preocupações de que a introdução de anúncios possa afastar os usuários.
Taxa de assinatura:
Além da discussão sobre anúncios, a Meta também está avaliando a possibilidade de cobrar uma taxa de assinatura para oferecer uma versão do aplicativo sem anúncios. No entanto, essa medida enfrenta resistência de muitos funcionários da empresa.
Histórico do WhatsApp e anúncios:
Antes da aquisição do WhatsApp pelo Facebook por US$ 19 bilhões em 2014, o cofundador Brian Acton tornou o lema "sem anúncios! sem jogos! sem truques!" um mantra da empresa. O WhatsApp era conhecido por não exibir publicidade, diferenciando-se de outras plataformas tecnológicas.
Recentemente, o WhatsApp testou um recurso que permite que empresas enviem mensagens de marketing dentro do aplicativo para pessoas que concordam em recebê-las. Se esse recurso for lançado, todos os usuários do WhatsApp veriam anúncios ao lado de suas conversas, semelhante à forma como os anúncios são intercalados entre as mensagens no Facebook Messenger e nos e-mails do Gmail.