Usuários de PrEP entre 15 e 45 anos já podem receber vacina do HPV no Piauí
Aproximadamente 1.200 piauienses, com idades entre 15 e 45 anos que fazem uso da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ao HIV, foram adicionados ao novo grupo prioritário para a vacinação contra o HPV, de acordo com uma nota técnica divulgada pelo Ministério da Saúde. Esses pacientes estão registrados no Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM).
Essa iniciativa tem como objetivo reforçar a prevenção e o tratamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e dos cânceres associados ao papilomavírus humano.
Karinna Amorim, coordenadora de ISTs da Secretaria de Estado da Saúde, menciona que a disponibilidade da vacina do HPV nos postos de saúde torna mais acessível para a população.
“Ao identificar que o paciente atende aos critérios necessários, o profissional de saúde responsável pela prescrição da PrEP — seja médico, enfermeiro ou farmacêutico — irá prescrever a vacina. Com a prescrição, o paciente deve dirigir-se a um dos postos de vacinação do seu município para ser imunizado”, detalha a coordenadora.
O HPV é uma IST e está associada a verrugas nos órgãos genitais e ao desenvolvimento de câncer de colo do útero, vulva, pênis, anus e orofaringe. Além da transmissão sexual, o vírus também pode ser passado por contato direto com a pele ou mucosa infectada. Existem mais de 100 tipos, sendo pelo menos 14 cancerígenos, conhecidos como de alto risco.
A superintendente de Atenção Primária à Saúde e municípios da Sesapi, Leila Santos, reforça que a medida é importante na proteção da população e na prevenção de IST's.
“A vacina é a forma segura e eficaz de prevenção da infecção. Temos o imunizante oferecido pelo SUS. É de fundamental importância buscar pela imunização”, diz a superintendente.
O SUS oferece o imunizante quadrivalente (HPV4), que protege contra as principais complicações da doença. Atualmente, o público-alvo é composto por crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, no esquema de dose única; pessoas de 9 a 45 anos que vivem com HIV e Aids; pacientes oncológicos, pessoas com papilomatose respiratória recorrente (PRR), e transplantados com três doses; e pessoas de 15 a 45 anos de idade imunocompetentes vítimas de violência sexual. Com essas recomendações, o Brasil é um dos países das Américas que mais ofertam a vacina.
Fonte: Sesapi