Em ambos os pulmões -

Pneumonia bilateral: entenda o diagnóstico do papa Francisco

O papa Francisco, de 88 anos, foi diagnosticado com pneumonia em ambos os pulmões, conforme informado no boletim da Santa Sé nesta terça-feira (18/02). A condição foi identificada por meio de uma tomografia computadorizada realizada durante a manhã.  

Foto: ReproduçãoPapa
Papa

O comunicado destaca que o pontífice enfrenta um quadro clínico delicado. A infecção polimicrobiana, que o levou à internação no começo do mês, foi agravada por uma dilatação e infecção nos brônquios.  

O que é pneumonia bilateral? 


A pneumonia bilateral, que atinge os dois pulmões simultaneamente, requer cuidados especiais devido ao potencial de complicações. No caso do líder religioso, a doença se manifestou em um contexto de fragilidade respiratória prévia, o que torna o tratamento mais complexo.  

Francisco está recebendo antibióticos e cortisona, um corticoide sintético comumente usado para tratar asma e alergias.  

Apesar da intensidade do tratamento, o Vaticano ressaltou que o papa mantém o bom humor, equilibrando momentos de descanso com orações e leituras. “Ele expressa gratidão pela proximidade dos fiéis e pede, com um coração agradecido, que continuem rezando por ele”, finaliza o comunicado.  

Desafios do tratamento em pacientes idosos  


A situação do papa é especialmente preocupante devido à sua idade avançada. De acordo com o pneumologista Rafael Faraco, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, o envelhecimento diminui a eficácia do sistema imunológico, elevando o risco de pneumonias graves.  
“Nesses casos, há perigo de insuficiência respiratória. A inflamação contínua das vias aéreas pode prejudicar os níveis de oxigênio no sangue, ameaçando a saúde do paciente”, esclarece.  

Complicações no caso do papa

No caso de Francisco, a bronquite asmática e a bronquiectasia — uma condição que danifica as vias respiratórias — contribuíram para o surgimento da pneumonia bilateral.  
O líder da Igreja Católica teve parte de seus pulmões removida aos 21 anos, após uma pneumonia grave, o que o deixou mais suscetível a problemas respiratórios.  

“O dano pulmonar causado pela doença pode resultar em insuficiência respiratória. O pulmão perde a capacidade de realizar as trocas gasosas de maneira adequada. Sem tratamento, o quadro pode ser fatal”, explicou a infectologista Eliana Bicudo, da Sociedade Brasileira de Infectologia do DF, em entrevista anterior ao Metrópoles.  

Fonte: Metrópoles

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