Calor pode causar vários problemas -

Onda de calor: sua saúde física e mental está em risco

A atual onda de calor no Brasil está causando sérias preocupações quanto à saúde humana. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de calor sem precedentes na segunda-feira, 18 de setembro, e a situação é alarmante. Com informações do Metrópoles.

Foto: Reprodução

De acordo com o Inmet, o alerta meteorológico atingiu o nível laranja, indicando um perigo significativo, e permanecerá em vigor até 22 de setembro.

Esse tipo de aviso é acionado quando as temperaturas máximas podem superar a média histórica do período em pelo menos cinco graus Celsius durante vários dias consecutivos. Além disso, a previsão indica que a situação pode piorar ainda mais a partir de sexta-feira, 22 de setembro, com temperaturas máximas que devem ultrapassar os 40°C em áreas das regiões Centro-Oeste e Norte, bem como no interior de São Paulo.

Esta é uma das maiores ondas de calor já registradas no Brasil, e julho de 2023 já se destacou como o mês mais quente desde 1961. Este aumento nas temperaturas também tem preocupado outras regiões do mundo, levando o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, a alertar que estamos deixando a era do aquecimento global para entrar na era da "ebulição global".

Essa situação de calor extremo apresenta sérios riscos à saúde, especialmente para grupos vulneráveis, como idosos, crianças, trabalhadores expostos ao sol e pessoas que vivem em áreas socialmente desfavorecidas. Além disso, é importante entender que a exposição prolongada ao sol e a temperaturas elevadas pode levar a diferentes condições físicas, incluindo o "heatstroke", que é uma situação muito perigosa em que a temperatura corporal da pessoa pode ultrapassar 40°C.

Os sintomas do "heatstroke" incluem pele quente, avermelhada e seca, dores de cabeça, náuseas, vômitos, desmaios, confusão e, em casos graves, insuficiência renal. É crucial distinguir o "heatstroke" de outras condições relacionadas ao calor, como a exaustão por calor e o estresse por calor, para garantir o tratamento adequado.

Em caso de suspeita de "heatstroke", é fundamental buscar atendimento médico de emergência imediatamente. A pessoa afetada deve ser levada para um local fresco, onde roupas em excesso devem ser removidas e compressas úmidas podem ser aplicadas em áreas do corpo que tendem a superaquecer, como as coxas e o pescoço.

Além dos problemas físicos, as ondas de calor também podem ter impactos significativos na saúde mental das pessoas. A literatura científica já sugere que essas condições extremas de calor podem desencadear ansiedade, depressão e agravar casos de automutilação e suicídio. O sono também pode ser afetado negativamente, prejudicando a regulação do humor e o bem-estar geral.

Além disso, as ondas de calor aumentam o risco de hospitalizações e mortes relacionadas a doenças cardiovasculares e respiratórias, com crianças, idosos e mulheres apresentando maior vulnerabilidade. Pessoas com doenças cardíacas ou doenças pulmonares crônicas, como bronquite crônica e enfisema, estão em maior risco. A poluição do ar e os incêndios florestais, frequentemente associados a ondas de calor, agravam ainda mais esses problemas de saúde.

Para enfrentar esses desafios, é essencial treinar os Agentes Comunitários de Saúde e outros profissionais de saúde, como parte do Sistema Único de Saúde (SUS), para reconhecer e responder a diferentes condições relacionadas ao calor, incluindo "heatstrokes", problemas cardiorrespiratórios e alterações comportamentais. Isso é fundamental para proteger a saúde das comunidades afetadas por essas condições climáticas extremas.

Fonte: Metrópoles

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