Denise Correia Santiago, residente de Miracatu (SP), resolveu mover um processo contra a Colgate após apresentar uma intensa reação alérgica ao utilizar a pasta de dente Clean Mint. Ela relata que, após cinco dias de uso, começou a sofrer com inchaço nos lábios, lesões na boca e dificuldades para se alimentar. "Meu maior medo era ficar passando fome por muito tempo. A dor e a fome incomodaram mais que a aparência", contou.

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A consumidora contou que só suspeitou do produto ao escovar os dentes novamente e notar o reaparecimento dos sintomas. "Comentei com minha irmã, foi quando ela olhou e viu essa situação da Colgate. Não usei mais ela [a pasta]", disse Denise, que precisou ser medicada com antialérgicos e analgésicos devido à dor nas amígdalas e queimaduras na língua.

O advogado Victor Hugo Herculano da Silva, representante legal de Denise, está preparando uma ação judicial por danos. "Tomaremos todas as medidas judiciais cabíveis para a reparação de todos os danos físicos e psicológicos sofridos", afirmou, em entrevista ao G1. Ele critica a empresa por alterar a fórmula sem, segundo ele, realizar testes adequados.

A Colgate afirmou que está monitorando os casos de reações adversas e lamentou cada ocorrência. “Todos os relatos estão sendo tratados com seriedade, com total empenho da Colgate na investigação. Nesta semana, entramos em contato com a Sra. Denise Correia”, informou a companhia.

A Anvisa chegou a interromper temporariamente a comercialização do produto em março, após o registro de oito notificações de reações adversas, como inchaço na boca, ardência e irritação. A decisão foi revogada no mesmo dia após recurso apresentado pela Colgate. Em nota divulgada na época, a empresa lamentou os “eventos adversos” e reforçou seu compromisso com a apuração dos casos.