“Meu filho tem febre há 7 meses e ninguém sabe o que é”, lamenta mãe
Desde o último dia de fevereiro, a jornalista Karoline Miranda, de 29 anos, está em busca de uma resposta, mas sem sucesso até o momento: seu filho mais velho, Gael, de 9 anos, tem estado com febre praticamente todos os dias, e ninguém consegue explicar a razão. Com informações do Metrópoles.
"Como mãe, sinto uma profunda impotência, um sentimento de incapacidade. É angustiante conviver com meu filho doente todos os dias e começar a aceitar isso como parte da vida dele, já que não conseguimos encontrar uma solução", compartilha Karoline.
Nos últimos sete meses, Gael foi submetido a uma série de exames e passou por diversos tratamentos, mas nada parece funcionar. Ele normalmente acorda com febre, com sua temperatura ligeiramente acima dos 37º C. Com frequência, a febre aumenta, chegando a picos de até 39,3º C.
Nesse período, Gael não experimentou um único intervalo de bem-estar que durasse mais de duas semanas. Além da febre constante, ele também sofre com enjoos e, ocasionalmente, dores nas pernas.
"Primeiramente, os médicos suspeitaram de sinusite. Depois, pensaram em uma possível virose e até mesmo tuberculose. No entanto, nenhum dos diagnósticos se mostrou correto", recorda Karoline.
Gael chegou a passar 22 dias internado para realizar uma série de exames em busca de doenças autoimunes, como o lúpus, e alergias, mas todos os resultados foram negativos. Ele também foi submetido a testes para doenças infecciosas, mas sem sucesso.
"O momento em que estivemos mais próximos de uma resposta foi quando uma tomografia detectou alguns linfonodos aumentados em seu abdômen, mas uma biópsia subsequente não forneceu conclusões", lamenta a mãe.
Então, os médicos começaram a considerar a possibilidade de ser a doença da arranhadura do gato, uma infecção bacteriana que inflama os linfonodos e pode causar febre, mal-estar e dor de cabeça. Devido à demora nos resultados dos exames, os médicos optaram por iniciar um ciclo de antibióticos imediatamente. Contudo, esse tratamento também não resolveu o problema.
"Também exploramos a possibilidade de questões emocionais que não estivéssemos percebendo, mas a terapia psicológica também não trouxe melhorias", compartilha a jornalista.
Gael foi então encaminhado para especialistas genéticos como parte da investigação, passando por 21 exames até o momento em busca de doenças raras de origem genética. No entanto, o diagnóstico continua sendo uma incógnita.
"Na noite de quinta-feira (14/09), ele teve febre novamente. Descobrimos que Gael está com otite, mas isso provavelmente não é a causa do problema, sendo mais um sintoma. Continuamos sem saber o que fazer, sem saber como lidar com a febre. Sinto-me completamente impotente", diz a mãe.
A incerteza é uma carga pesada tanto emocionalmente quanto financeiramente para a família. Muitos dos exames específicos só estão disponíveis em laboratórios particulares, e a última ressonância magnética realizada por Gael custou cerca de R$ 4 mil.
Sem recursos para custear a busca por respostas, a família está arrecadando doações por meio do Pix na esperança de poder pagar pelos exames e, finalmente, obter um diagnóstico para Gael.
Fonte: Metrópoles