O Hospital Infantil Lucídio Portella (Hilp) reafirmou neste fim de semana seu papel de referência no atendimento a crianças com paralisia cerebral, por meio do Programa de Espasticidade Infantil. Mais de 30 pacientes foram recebidos em mutirão, reforçando a missão de oferecer tratamentos de alta complexidade e cuidado contínuo.

No sábado (12/04), a equipe realizou avaliações e aplicou toxina botulínica em crianças com espasticidade, procedimento essencial para reduzir a rigidez muscular, melhorar a mobilidade e aliviar dores. No domingo (13/04), o neurocirurgião Francisco Alencar conduziu rizotomias dorsais seletivas, cirurgias altamente especializadas que visam a qualidade de vida dos pequenos pacientes.

Único no Brasil a oferecer atendimento regular e permanente em modelo público, o programa existe desde 2020 e já atendeu centenas de crianças de todo o Piauí e estados vizinhos. Segundo a coordenação, foram sedadas e tratadas 35 crianças apenas neste fim de semana, demonstrando a consistência das ações.

Foto: Governo do Piauí

O sucesso do mutirão deve-se ao trabalho integrado de médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, psicólogos e assistentes sociais. Para o superintendente de Média e Alta Complexidade da Sesapi, Dirceu Campêlo, esse modelo multidisciplinar garante um cuidado humanizado, promovendo autonomia, inclusão e orientação educativa às famílias.

A mãe do pequeno Moisés, de 1 ano e 4 meses, afirmou confiar no desenvolvimento do filho após a primeira aplicação de toxina botulínica, sonhando em vê‑lo caminhar. O Hilp reforça, assim, seu compromisso com a excelência, a inovação e a humanização no tratamento da espasticidade infantil.