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Estudo mostra que perda olfativa está ligada a 139 doenças. Entenda

Um estudo recente conduzido por neurobiólogos das universidades de Oxford e da Califórnia revelou uma conexão surpreendente entre a perda de olfato e a presença de várias doenças, algumas potencialmente graves. A pesquisa, publicada em (10/10) na revista Frontiers in Molecular Neuroscience, associou a perda olfativa a 139 diferentes condições de saúde. As informações são do Metrópoles.

De acordo com o chefe do estudo, Michael Leon, a descoberta destaca o papel crucial do olfato na manutenção da saúde física e mental. “É uma conexão pouco conhecida, mas potencialmente transformadora: o papel que nosso olfato desempenha na manutenção da saúde física e mental é maior do que pensávamos”, afirmou Leon, ressaltando como esse sintoma, ignorado pela medicina por muitos anos, ganhou visibilidade com a pandemia de Covid-19.

A pesquisa surge em meio ao crescente interesse em tratamentos para a perda de olfato, especialmente após a pandemia, quando esse sintoma afetou milhões de pessoas.

De acordo com a investigação, a perda olfativa está conectada principalmente a doenças respiratórias e neurológicas, mas a lista inclui:

• Alcoolismo;
• Ansiedade;
• AVC;
• Covid longa;
• Diabetes;
• Deficiência de vitamina B12;
• Epilepsia;
• Enxaqueca;
• Fibrose cística;
• Menopausa;
• Obesidade;
• Parkinson;
• Zika.

Foto: wayhomestudio no Freepikproblemas no nariz, olfato

Os cientistas apontam, porém, que a vantagem de descobrir que a perda olfativa é sintoma de uma gama muito ampla de doenças é que a recuperação do sentido pode ajudar a tratar os danos causados por algumas dessas condições, especialmente as que afetam o cérebro.

“Os dados são particularmente interessantes porque descobrimos anteriormente que o enriquecimento olfativo pode melhorar a memória de adultos mais velhos em 226%. Agora, sabemos que aromas agradáveis ​​podem diminuir a inflamação, melhorando a saúde do cérebro”, explica Leon.

O enriquecimento olfativo pode ser feito através de aromaterapias que estimulem um maior repertório de fragrâncias ou mesmo por impulsos elétricos em zonas responsáveis pelo processamento dos cheiros no cérebro.

“Já percebemos que este tipo de alternativa ajuda a combater inflamações em zonas do cérebro e do aparelho respiratório. Será interessante ver se podemos melhorar os sintomas de outras condições com o enriquecimento olfativo”, concluiu o professor.

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