Neste domingo (10/11), é comemorado o Dia Mundial do Ceratocone, uma data dedicada à conscientização sobre os impactos dessa doença ocular que atinge cerca de 150 mil brasileiros anualmente. O ceratocone é uma condição caracterizada pelo afinamento progressivo da córnea, a camada fina e transparente que cobre a parte frontal do olho. Com o tempo, a córnea perde sua forma arredondada e assume um formato de cone, prejudicando a visão e causando distorções e embaçamento.

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A oftalmologista Maria Regina Chalita, especialista em córnea, explica que o ceratocone costuma se manifestar no final da adolescência, podendo evoluir até os 35 anos. "No entanto, existem casos em que crianças com quadros graves de alergia ocular podem desenvolver a doença ainda na infância", afirma a médica.

As causas do ceratocone podem estar relacionadas tanto a fatores genéticos quanto comportamentais. Um exemplo de fator comportamental é o hábito de esfregar os olhos com frequência, que pode contribuir para o surgimento da doença. "Esse hábito pode alterar a curvatura da córnea, agravando ou até mesmo desencadeando o ceratocone", explica Maria Regina, especialista do CBV – Hospital de Olhos.

Sintomas e diagnóstico do ceratocone

Os principais sintomas do ceratocone incluem alterações rápidas no grau dos óculos, com aumento do astigmatismo, e a baixa acuidade visual que não melhora completamente com o uso de lentes corretivas. Além disso, dificuldades de visão noturna também são comuns. Em alguns casos, a doença pode afetar os dois olhos de forma assimétrica, com um olho comprometido de maneira mais severa que o outro.

A detecção precoce e o acompanhamento adequado são fundamentais para controlar a progressão do ceratocone e preservar a qualidade de vida dos pacientes.