Um recente estudo revelou que a psilocibina, uma substância alucinógena derivada de cogumelos, demonstrou eficácia no tratamento da anorexia nervosa. Pesquisadores da Universidade Monash, na Austrália, descobriram que essa substância pode melhorar a manutenção do peso corporal e promover a flexibilidade cognitiva em ratos afetados pela doença. Com informações do Metrópoles.

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A anorexia nervosa é caracterizada pela perda de peso patológica resultante de restrição alimentar e exercício excessivo, sendo uma das condições psiquiátricas com maiores taxas de mortalidade, especialmente entre mulheres com idades entre 15 e 24 anos.

A inflexibilidade cognitiva pode indicar uma predisposição à anorexia nervosa, uma vez que essa disfunção surge antes dos sintomas e persiste mesmo após a recuperação do peso corporal.

No estudo, publicado na revista científica Molecular Psychiatry em abril de 2024, ratos com anorexia foram utilizados. Os pesquisadores examinaram os aspectos de aprendizagem dos animais para demonstrar que a psilocibina promove a flexibilidade cognitiva, o que, por sua vez, melhora a manutenção do peso corporal nos roedores.

Os resultados identificaram um mecanismo específico no cérebro em que a psilocibina atua para facilitar uma maior adaptabilidade no "pensamento anoréxico", sugerindo a possibilidade de desenvolvimento de terapias direcionadas.

Claire Foldi, uma das autoras do estudo, destacou que a inflexibilidade cognitiva é um marcador distintivo da anorexia nervosa, manifestando-se antes dos sintomas e persistindo após a recuperação do peso corporal, o que a torna um alvo primordial para intervenção terapêutica.

Ela também ressaltou que, embora os antidepressivos sejam a abordagem farmacológica principal atualmente, eles são frequentemente usados de forma não convencional e não melhoram os sintomas em indivíduos com baixo peso e anorexia.