A tuberculose, apesar de ser uma doença prevenível e tratável, continua sendo uma das mais letais do mundo. Em Picos, cinco casos já foram registrados este ano, com maior incidência em pessoas com idades entre 25 e 50 anos. A transmissão da doença ocorre pelo ar, sendo espalhada através da tosse, fala ou espirro de indivíduos com a forma ativa, que não estão em tratamento.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu a meta de erradicar a tuberculose na América até 2035. Contudo, o Brasil enfrenta desafios para atingir essa meta devido ao aumento no número de casos. Fatores como vulnerabilidade social e condições sanitárias agravadas pela pandemia de Covid-19 têm contribuído para o crescimento da doença, dificultando o controle e a prevenção.

Em Picos, o coordenador do Programa de Atenção à Tuberculose (PAM), Gilberto Valentim, destacou a importância do diagnóstico precoce. Segundo ele, identificar a doença logo nos primeiros sinais pode evitar complicações graves e reduzir a transmissão na comunidade. O rápido início do tratamento aumenta as chances de cura sem sequelas.

Foto: Reprodução Prefeitura de Picos

A tuberculose afeta principalmente os pulmões e sua disseminação é favorecida por fatores como desnutrição, baixa imunidade e condições precárias de moradia. A pandemia agravou ainda mais a situação, ao dificultar o acesso da população a serviços de saúde e atrasar diagnósticos, o que resultou em um aumento dos casos.

Diante desse cenário, especialistas alertam para a necessidade de reforçar as políticas públicas voltadas à prevenção e tratamento da tuberculose, além de intensificar as campanhas de conscientização. O combate à doença depende de um esforço coletivo entre autoridades de saúde, profissionais da área e a população. Além disso, o tratamento da tuberculose, que é gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS), tem duração média de seis meses, e a adesão correta ao tratamento é crucial para controlar a disseminação da doença.