Vítima foi criança -

Ameba que consome o cérebro: Governo confirma causa da morte de criança no Ceará

O Ceará registrou um caso raro de meningoencefalite amebiana primária (PAM), doença provocada pela Naegleria fowleri, conhecida como a "ameba comedora de cérebro". A vítima foi uma criança de 1 ano e 3 meses, de Caucaia, região metropolitana de Fortaleza, que faleceu no dia 19 de setembro de 2024, sete dias após o início dos sintomas. O caso foi confirmado em 10 de dezembro de 2024, pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Estadual da Saúde do Ceará, que seguem monitorando a situação.

Foto: reprodução

Em entrevista à CNN, o secretário executivo de Vigilância em Saúde da Secretaria da Saúde do Ceará, Antonio Lima Neto (Tanta), explicou que o diagnóstico foi confirmado tecnicamente. "O laudo laboratorial chegou à conclusão de que o quadro é compatível com o diagnóstico, considerando aspectos laboratoriais, clínicos e epidemiológicos nos exames realizados", afirmou o especialista. O caso foi o primeiro registrado no estado e gerou alerta, sendo encaminhado ao Ministério da Saúde.

O Ministério da Saúde revelou que o único relato de infecção humana por Naegleria fowleri na literatura científica foi em 1975, em São Paulo. Segundo Antonio Lima Neto, os laudos dos exames confirmaram a causa da infecção, e a investigação contou com a colaboração de diversas entidades. "Os laudos do Laboratório de Referência da Água e do bebê já atestaram o fato", explicou o secretário. A investigação foi possível graças à permissão da família para a análise da necropsia da criança.

A infecção por Naegleria fowleri é rara, ocorrendo geralmente em ambientes aquáticos quentes, como lagoas e fontes termais, quando a ameba entra nas narinas e migra para o cérebro. O diagnóstico foi realizado após a criança ser atendida em Caucaia em 12 de setembro, inicialmente com suspeita de infecção viral. A suspeita de infecção pela ameba surgiu após o agravamento dos sintomas neurológicos, confirmados por exames realizados no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. As autoridades de saúde do Ceará tomaram medidas preventivas, incluindo a desinfecção do reservatório de água da comunidade onde a criança morava.

Fonte: CNN

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