
Vereadora Tatiana Medeiros é apontada como "líder de esquema" milionário de compra de votos
O Tribunal Regional Eleitoral do Piauí manteve, nesta segunda-feira (14/04), a prisão preventiva da vereadora Tatiana Medeiros (PSB), suspeita de comandar um esquema de compra de votos financiado por facções criminosas. Segundo o relatório do juiz José Maria de Araújo Costa, a parlamentar teria atuado como “regente” da operação, que envolvia uso de uma ONG, distribuição de dinheiro via Pix e movimentações financeiras suspeitas.
A investigação aponta que a vereadora mantinha relação com Alandilson Passos, membro da facção Bonde dos 40, que teria investido mais de R$ 1 milhão em sua campanha com recursos ilícitos. Além dele, familiares e aliados próximos da parlamentar também são investigados, incluindo sua mãe, irmã e o padrasto, que sozinho teria movimentado quase R$ 10 milhões em contas bancárias.
Entre as estratégias do grupo estariam repasses diretos de R$ 100 a eleitores no dia da eleição, uso indevido de recursos públicos por meio da ONG “Vamos Juntos” e nomeações de aliados para cargos na Câmara Municipal.
Durante mandados da Polícia Federal, foram apreendidos mais de R$ 90 mil em dinheiro vivo, parte escondida no forro de um escritório. O TRE-PI considerou os indícios suficientes para manter Tatiana presa, citando risco de obstrução da investigação e envolvimento com o crime organizado.