A Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) intensificará as operações para combater a prática do "grau" em todo o estado. A informação foi dada pelo delegado Matheus Zanatta, superintendente de Operações Integradas (SOI), em entrevista à TV Cidade Verde.

Foto: Tv Cidade Verde

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“Não vamos tolerar o grau no Piauí. É tolerância zero. Quem insistir nessa prática pode esperar a atuação da Secretaria de Segurança Pública. Já estamos planejando mais operações para reprimir essas ações”, afirmou Zanatta.

Recentemente, a Polícia Civil do Piauí (PC-PI) indiciou Ítallo Bruno e outras 24 pessoas em uma operação que visava coibir o "grau" em Teresina. Segundo as investigações, os indiciados são suspeitos de crimes como associação criminosa, adulteração de sinal identificador de veículo automotor e direção perigosa.

Entre as medidas cautelares aplicadas aos investigados estão a suspensão da CNH por dois anos, proibição de publicar conteúdos relacionados ao "grau" nas redes sociais e recolhimento domiciliar. No entanto, um dos indiciados, conhecido como "Mário do Grau", foi preso por desrespeitar as medidas. “Ele foi flagrado pilotando motocicleta, tentou fugir da abordagem policial e quase atropelou duas pessoas. Por isso, encontra-se preso preventivamente”, explicou o delegado.

Antes da operação, os influenciadores Ítallo Bruno e Fernando Feitosa, o Nando, haviam firmado um acordo com a SSP-PI para estimular a prática do "grau" apenas em locais seguros e seguindo as normas de trânsito. Porém, o delegado destacou que o acordo não tem sido cumprido de forma adequada.

“Não basta organizar eventos em locais privados. É preciso cumprir todas as exigências legais, como obter licenças, utilizar equipamentos de segurança, garantir a proteção do público presente e possuir CNH. Sem isso, a prática continua irregular e perigosa”, enfatizou Zanatta.

O delegado também reforçou a importância de infraestrutura básica nesses eventos, como a presença de ambulâncias para atendimentos emergenciais. “Infelizmente, muitos insistem em realizar o grau de forma clandestina, colocando em risco a própria vida e a de terceiros”, concluiu.