
Professor Raimundo Moura destaca inovação da UFPI no desenvolvimento do BO Fácil
O professor Raimundo Moura, do Departamento de Computação da Universidade Federal do Piauí (UFPI), destacou a importância da parceria entre a academia e o governo estadual no desenvolvimento do BO Fácil — o primeiro serviço do Brasil que permite o registro de boletins de ocorrência diretamente pelo WhatsApp. A ferramenta, lançada nesta segunda-feira (30/06), tem como número o 0800-086-0190 e representa um canal direto entre o cidadão e o Estado, com foco em facilitar e agilizar a comunicação com os sistemas de segurança pública.

Segundo o professor, o BO Fácil é fruto de um trabalho de pesquisa que envolveu alunos de graduação, mestrado e doutorado em Ciência da Computação da UFPI. Ele explicou que, inicialmente, o projeto tinha como objetivo criar um protótipo, mas que a colaboração com os serviços de tecnologia do Estado possibilitou que a ferramenta se tornasse um produto funcional e acessível à população. “Estamos aqui hoje lançando o BO Fácil, o canal de comunicação do Estado com o cidadão, ou do cidadão com o Estado”, afirmou.
A inovação permite que o cidadão registre casos como perda de documentos, furtos, roubos, acidentes sem violência e, além disso, faça denúncias anônimas. Essa última funcionalidade foi especialmente ressaltada pelo professor Raimundo, que a considera um diferencial que amplia o alcance da ferramenta. “É uma forma disruptiva de comunicação com os sistemas de segurança pública, e essa função de denúncia anônima, que não havia sido pensada inicialmente, pode ser uma grande contribuição da população para melhorar os serviços do Estado”, destacou.
O docente também frisou o papel social da universidade na promoção de soluções tecnológicas com impacto direto na vida das pessoas. “Esse projeto se concretiza como um produto real, juntando o que foi desenvolvido na universidade com a implantação prática feita pelo Estado. É um exemplo de como a pesquisa pode sair do papel e se transformar em benefício direto para a sociedade”, concluiu Raimundo Moura.