Vítimas tinha 19 e 12 anos -

Polícia investiga perfil que se diz autor de morte de Aline e Vitória

O dono de um perfil em uma rede social diz ser o autor dos homicídios das jovens Aline Silva Dantas, de 19 anos, que desapareceu ao sair para comprar fraldas para a filha e foi encontrada morta na quarta-feira (11/09), e de Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos, encontrada morta no dia 16 de junho do ano passado, após ficar oito dias desaparecida em Araçariguama, no interior de São Paulo. As duas cidades estão localizadas a 28 quilômetros de distância entre si. A reportagem é do R7.

A delegada Luciane Regina Bachir, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Sorocaba (SP), responsável pelo caso, afirmou que investiga quem está por trás das publicações.

"É uma mensagem absurda. As pessoas conseguem brincar com o sentimento dos outros", disse. Segundo ela, o pai de Vitória Gabrielly foi procurar a delegacia para relatar o recebimento das mensagens. "Não acreditamos em relação entre essas duas mortes", afirmou a delegada.

O dono do perfil mandou diversas mensagens para o pai de Vitória Gabrielly. Nas mensagens, um homem se diz autor dos crimes.

"Fui eu. Matei Aline e Vitória Gabrielly", diz. "Realmente fui eu que matei Aline. Ninguém me pegou ano passado. Fui eu que matei Vitória Gabrielly, filha do Beto. Agora vou matar mais uma menina. Ninguém vai me pegar", escreveu. As publicações provocaram revolta e indignação nos demais usuários da rede social.

O pai de Vitória Gabrielly, Beto Vaz se mostrou indignado ao ver as publicações. "Você aí escondido atrás de uma tela, vai pagar, isso não vai ficar barato. A polícia já está sabendo de você", escreveu em seu perfil.

Em outra publicação, o dono do perfil afirmou que seria morador de Araçariguama, a cidade em que Vitória desapareceu. Nas mensagens, o suposto autor das mortes dá indícios de ter cometido violência sexual contra Aline. Na manhã desta sexta-feira (13), o perfil não existia nas redes socias.

Investigação

A jovem, desapareceu em uma região de mata da cidade no domingo (8), apresenta lesões de defesa no corpo. Segundo Bachir, o corpo continha sinais no pescoço do que poderia ser uma esganadura e nas mãos, que aparentavam ser marcas de defesa.

Não se sabe, porém, se a jovem foi vítima de um crime sexual. "Havia sangue nas proximidades, por isso pedi urgência para o resultado da perídica", afirmou a delegada.

Aline desapareceu quando saiu para comprar fraldas para a filha de um ano e nove meses. O corpo foi encontrado em uma área de mata, trajeto que costumava utilizar para voltar de uma área de comércio até sua casa. Até o momento, nenhum suspeito foi identificado. 

A principal linha de investigação da polícia é que tenha ocorrido homicídio e violência sexual pelas circuntâncias em que o corpo foi encontrado. Nos próximos dias, a polícia deve continuar ouvindo pessoas que passaram pelo local. "Não há muitas câmeras e imagens da área. Diante disso, todos que aparecem nas filmagens e os veículos que cruzam o percurso dela serão investigados e ouvidos."

Embora a região em que o corpo foi encontrado seja uma área de mata, a delegada afirmou que não se trata de um local já utilizado para desovar corpos. "A cidade é pequena não tem muito isso, a criminalidade é baixa."

Em relação a uma suposta banana de dinamite encontrada na área, a delegada afirma que possivelmente o objeto deve ter sido colocado no local. "Não teria perigo porque não estava completo e não estava no local no dia em que encontramos o corpo."

Caso Vitória

A Polícia Civil concluiu, em julho do ano passado, o inquérito policial que investigou o assassinato da menina Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos, encontrada morta no dia 16 de junho, após ficar oito dias desaparecida em Araçariguama, no interior de São Paulo.

A Delegacia Seccional de Sorocaba pediu a prisão preventiva das três pessoas sob suspeita da prática do crime. Para a polícia, a jovem foi morta por engano. Ela desapareceu quando saiu de casa para andar de patins pela vizinhança.

Para a polícia, a jovem foi confundida com a irmã de um rapaz que tinha uma dívida com traficantes de drogas na região. "O caso continua sob sigilo judicial e mais detalhes não podem ser divulgados pela Secretaria da Segurança Pública", informou o governo do Estado, por nota.

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