Polícia Federal deflagra Operação Flashback contra desvio de verbas na merenda escolar do Piauí
Nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (27/02), em Teresina, a Polícia Federal iniciou a Operação Flashback visando executar 12 mandados de busca e apreensão como parte das investigações sobre desvio de verbas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Estes recursos estavam destinados à compra de alimentos e fornecimento de merenda escolar em contratos com municípios do Piauí.
Além dos mandados de busca, também foi ordenado o bloqueio de bens e valores em locais relacionados aos suspeitos, incluindo residências e empresas vencedoras das licitações em Teresina-PI. As ordens judiciais partiram da 1ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Piauí.
A investigação começou após a Polícia Federal receber informações sobre a continuação de um esquema criminoso envolvendo o fornecimento de merenda escolar ao governo, operado por indivíduos e empresas, algumas das quais já estavam sob investigação recente e haviam sido alvo de operações policiais. Agora, utilizavam a criação de novas empresas para continuar participando de contratações públicas.
Durante a investigação, foi observado que o modus operandi envolvia a criação repetitiva de novas empresas para evitar detecção pelas autoridades e contornar sanções judiciais e administrativas impostas por atividades irregulares. Houve indícios de superfaturamento, direcionamento das contratações, colaboração entre as empresas, e até o uso de notas fiscais falsas, levando ao bloqueio de bens e valores dos suspeitos, totalizando cerca de R$ 20 milhões.
O propósito da operação de hoje é interromper o esquema criminoso, coletar evidências para fortalecer a investigação e identificar outros envolvidos, tanto do setor público quanto privado, além de recuperar bens adquiridos com os recursos desviados do PNAE.
Os suspeitos poderão enfrentar acusações de crimes licitatórios, contra a administração pública, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
A operação contou com a participação de mais de 50 agentes da Polícia Federal, com apoio de auditores da Controladoria Geral da União (CGU).
*Matéria em atualização