O cabo da Polícia Militar do Piauí, Leonardo Geyson Sousa Silva, foi condenado a 10 anos de prisão por estelionato, após enganar dois colegas de farda e a mãe de um deles com promessas de investimentos fraudulentos. A decisão foi proferida pela juíza Lisabete Maria Marchetti, da 2ª Vara Criminal de Teresina, no dia 23 de abril.

De acordo com o Ministério Público, o PM se aproveitou de sua posição de confiança e dos laços pessoais com as vítimas para convencê-las a aplicar dinheiro em um suposto fundo de investimentos na bolsa de valores. As transações, no entanto, foram realizadas diretamente na conta pessoal de Leonardo, sem qualquer envolvimento de uma instituição financeira legítima.

O esquema fraudulento envolvia a criação de documentos falsificados, como uma “Declaração de Gestão de Recursos Financeiros” registrada em cartório, além de extratos bancários fictícios, para dar a aparência de legalidade às transações. Convencidas pela falsa credibilidade do acusado, as vítimas realizaram transferências para a conta de Leonardo, que posteriormente deu desculpas para adiar a devolução dos valores, mantendo as vítimas na ilusão de que o investimento estava rendendo.

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A primeira vítima do golpe, em outubro de 2024, transferiu R$ 54 mil, enquanto outra perdeu R$ 40 mil, totalizando um prejuízo de R$ 137 mil. Quando uma das vítimas entrou em contato com o banco que o PM afirmava representar, foi alertada de que ele não tinha vínculo com a instituição.

Em sua defesa, o cabo Leonardo permaneceu em silêncio durante o julgamento. A juíza determinou a condenação do policial a 10 anos de prisão, além de multa correspondente a 46 dias-multa. Leonardo também foi condenado a pagar uma reparação no valor de R$ 238 mil às vítimas, e a perda do cargo na Polícia Militar do Piauí, com sua expulsão das fileiras da corporação. Ele poderá recorrer da sentença em liberdade.