A Polícia Civil do Piauí revelou, por meio da extração de dados do celular do traficante Mário Mácio Gonçalves, indícios de um plano para seu assassinato e o de sua companheira, Erika Vitória Silva de Sousa. O casal foi morto em 18 de fevereiro de 2023, no município de Castelo do Piauí.

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De acordo com a investigação, Mário Mácio rompeu com a facção à qual pertencia, o Primeiro Comando da Capital (PCC), liderado na região pelo empresário José Severo Lima, atualmente preso sob a acusação de comandar o tráfico interestadual de drogas entre São Paulo e Castelo do Piauí.

As investigações apontam que, no dia 7 de novembro de 2022, Mário Mácio conversou com José Severo sobre a possibilidade de assumir sozinho o tráfico na região, após a execução de seu primo, Manoel Gerlândio Rodrigues Aragão, conhecido como "Paca", ocorrida três dias antes na cidade de Timon, Maranhão. Para isso, Mário pediu uma espécie de "autorização" a Severo e a outro fornecedor, chamado “Tio San”. Severo concordou, desde que houvesse transparência entre os envolvidos para evitar conflitos futuros. No dia seguinte, ele encaminhou a Mário os contatos de dois funcionários encarregados de entregar uma remessa de drogas na cidade de Floriano.

Entretanto, a análise das transações realizadas entre Mário e Severo revelou que Mário teria traído a facção ao se aliar ao grupo rival “Bonde dos 40 – B40”. Essa mudança gerou a ira de Severo, que então passou a planejar sua morte. Meses depois, para garantir a execução do ex-parceiro, Severo contratou “Negão”, responsável por armar um encontro com Mário na noite do crime, em 18 de fevereiro de 2023. Além do veículo usado por “Negão”, as investigações indicam que outro carro envolvido no crime era ocupado por Jonathan Brendo Vieira Quaresma Vasconcelos, vulgo “Currinho”, identificado como integrante do grupo de José Severo Lima.

As informações extraídas do celular de Mário Mácio confirmaram o plano para eliminá-lo da estrutura de tráfico comandada por José Severo Lima.