
Laudo pericial questiona responsabilidade de PMs em morte de caminhoneiro no Piauí
O laudo pericial do caso envolvendo a morte do caminhoneiro Francisco Pereira da Silva Neto trouxe novos desdobramentos, indicando que a trajetória da bala que o atingiu não corresponde à posição dos policiais militares no momento do disparo. A informação foi apresentada pelo advogado de defesa dos agentes, Otoniel Bisneto. Os policiais Carlos Alberto Vieira de Carvalho, Valdir Vieira da Costa e Clenilson Vieira de Oliveira estavam presos desde 19 de dezembro de 2024.
Com base na análise pericial, a defesa levantou a hipótese de uma quarta pessoa estar envolvida no crime, ainda não identificada pelas investigações. O advogado argumentou que o disparo ocorreu durante uma abordagem policial com os agentes embarcados e que o ângulo da bala não coincide com a posição dos PMs ou da vítima no local. Ele destacou que imagens de segurança de uma gráfica próxima poderiam ajudar a esclarecer os fatos.
Além disso, surgiram alegações de intimidação de testemunhas, como a viúva da vítima e o proprietário da gráfica. No entanto, a defesa negou as acusações e questionou a ausência de imagens internas que poderiam reforçar as denúncias. Os policiais também enfrentaram problemas de saúde durante a prisão, com relatos de infartos e condições precárias no presídio militar. Após decisão judicial, os agentes foram liberados nesta quarta-feira (15/01).