
Enfermeiro empurrado de penhasco por amigo relata luta para retomar a rotina: "Não guardo rancor"
O enfermeiro Gustavo Alves, de 22 anos, está se recuperando após sofrer uma tentativa de assassinato em (22/03), na comunidade Caldeirão, localizada na zona rural de Assunção do Piauí. O rapaz foi empurrado por um amigo de uma altura de 8 metros na região conhecida como Pedra da Ponte. O agressor foi detido cinco dias após o crime.

Depois da queda, Gustavo ficou desaparecido e só foi localizado e socorrido por moradores no dia seguinte. Para sobreviver, ele teve que se passar por morto enquanto era atacado com pedaços de pau e por meio de sufocamento pelo próprio amigo.
Ele relatou que ainda está abalado emocionalmente e enfrenta uma recuperação lenta.
"Estou na minha casa, me recuperando aos poucos, meu pai está pagando uma fisioterapeuta e fico da cama para cadeira. Estou tentando ao máximo voltar à rotina normal. Me formei recentemente, estava buscando emprego, e devido a essa situação estou tendo apenas gastos e sofrimento. É uma situação complicada."
Logo após o resgate, Gustavo foi levado para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas, devido à gravidade dos ferimentos, precisou ser transferido para o Hospital Universitário (HU). Ele passou por uma cirurgia após fraturar três vértebras.
"Eu estou em choque ainda. Porque para mim foi um grande baque, uma pessoa que eu confiava tanto fazer isso comigo. Foi um ato brutal. Eu só estou vivo porque me fingir de morto. Ele era uma pessoa que eu confiava tudo, até segredos e ele fez isso comigo. Depois ele ainda pegou meu celular, mas ainda hoje está sumido. Me sinto aliviado que a justiça está sendo feita. Não guardo rancor, acho importante ele está lá para pensar no que fez."
Gustavo permaneceu internado por um mês e quatro dias até receber alta. O suspeito está preso desde 27 de março, no município de São Miguel do Tapuio, e foi formalmente acusado de tentativa de homicídio.