O promotor de Justiça João Malato Neto representou o Ministério Público do Estado do Piauí durante o julgamento do réu Ezequiel Rodrigues de Araújo, denunciado pelo homicídio da empregada doméstica Valdirene Torquato da Silva. A sessão do Tribunal do Júri foi realizada nesta terça-feira (06/02), em Teresina.

O Conselho de Sentença acolheu integralmente a tese do MPPI, reconhecendo o homicídio e a incidência das qualificadoras de motivo fútil, emprego de meio cruel, uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio. O réu foi condenado a 26 anos e oito meses de reclusão em regime inicialmente fechado, e ainda ao pagamento de uma indenização de R$ 300 mil a título de reparação de danos.

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O crime ocorreu no dia 25 de janeiro de 2022, no bairro Ilhotas, região central da capital piauiense, por volta das 7 h da manhã. A vítima se dirigia para o trabalho quando foi atacada pelo réu, seu ex-companheiro, que portava uma faca. Valdirene Torquato sofreu mais de dezessete golpes da arma branca. O promotor de Justiça João Malato Neto frisa que, segundo os autos, só não foram desferidos mais golpes em razão da intervenção de populares. Ezequiel Araújo foi preso em flagrante.

“Inconformado com o fim do relacionamento amoroso, o denunciado planejou nos mínimos detalhes a execução do crime, já que se deslocou até o local de trabalho da vítima, escondeu-se em uma esquina e ficou de tocaia. O feminicídio, praticado no início de uma manhã e em plena via pública, causou grande repercussão. O Ministério Público seguirá atento e diligente para coibir esses crimes e assegurar a punição dos responsáveis, pela defesa da vida e o combate à violência de gênero”, ressaltou João Malato.