Mesmo denunciado -

Coronel da PM acusado de estuprar criança segue recebendo salário de R$ 23 mil no Piauí

Mesmo denunciado por estupro de vulnerável contra uma criança de 11 anos, o coronel Ricardo Pires de Almeida, da Polícia Militar do Piauí, continua recebendo salário de R$ 23 mil e exercendo funções administrativas no Batalhão de Guardas da corporação.

A denúncia foi formalizada no dia 27 de março de 2025 pelo promotor Petrônio Henrique Cavalcante, da Promotoria de Justiça de Paulistana. Segundo o Ministério Público, os abusos ocorreram em quatro ocasiões, entre elas no dia 22 de outubro de 2023, na casa dos avós da vítima — sogros do oficial.

O inquérito que deu origem à denúncia reúne provas como depoimentos, imagens de câmeras de segurança e gravações de áudio. Conforme o relato da vítima, o coronel — marido de sua tia — teria praticado os atos libidinosos em momentos em que a criança estava sob os cuidados dos avós, em Paulistana. Os abusos aconteceram dentro do carro do policial, no quintal da residência e, por fim, no quarto da casa, onde o último episódio foi registrado.

A vítima afirmou que os abusos começaram quando ela tinha 10 anos. O caso só veio à tona após a mãe da menina divulgar um vídeo nas redes sociais, em outubro do ano passado, clamando por justiça e denunciando publicamente o coronel.

Ricardo Pires chegou a ser preso preventivamente no dia 31 de outubro de 2024, mas foi solto dias depois, em 8 de novembro, por decisão do desembargador Joaquim Santana, do Tribunal de Justiça do Piauí.

Apesar da gravidade da acusação, o coronel permanece na ativa e recebendo normalmente sua remuneração como oficial da Polícia Militar do Piauí. O Ministério Público sustenta que há provas suficientes para o prosseguimento da ação penal.

Foto: Reprodução

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