Na cidade de Sussuapara, um lamentável equívoco judicial abalou a vida do agricultor Raimundo Alves de Almeida, de 59 anos, que foi injustamente detido por três dias após ser confundido com um homônimo criminoso de São Paulo. Com informações do Cidades Na Net.

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A libertação veio apenas no domingo (12), ao meio-dia, graças a um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

A confusão teve início na última quinta-feira (09), quando policiais militares e civis chegaram à residência de Raimundo Alves com um mandado de prisão, alegando que ele era o mesmo indivíduo condenado por estupro de vulnerável em São Paulo. Apesar das evidentes disparidades nos documentos, como CPF e nome do pai, o agricultor foi levado à delegacia e detido.

Embora compartilhasse o nome completo com o criminoso, outros dados cruciais, como local de nascimento, idade e números de documentos oficiais, eram completamente distintos, claramente indicando um caso de homonímia.

A defesa, liderada por uma advogada contratada pela família, agiu rapidamente para provar a inocência do agricultor. Após uma revisão dos fatos e documentos apresentados, o juiz paulista Lauro Mens de Mello reconheceu o erro e concedeu uma liminar para a liberação de Raimundo, destacando as falhas no processo de identificação.

"Para garantir que o detido correspondesse realmente à pessoa do RG apresentado pela impetrante, solicitei à minha assessoria que entrasse em contato com a Delegacia de Polícia de Picos-PI para confirmar as informações do writ. Em resposta, a Delegacia confirmou a identidade do detido, que não correspondia ao criminoso procurado", detalhou o juiz.

O impacto da prisão foi devastador para a família de Raimundo. Sua esposa, Maria Irene, teve que ser hospitalizada devido ao estresse gerado pela situação. O casal, que tem seis filhos, ficou profundamente abalado pelo incidente.