A parlamentar está detida desde o início de abril, investigada por suposto envolvimento com o financiamento eleitoral de uma facção criminosa. A operação da Polícia Federal, batizada de Escudo Eleitoral, também resultou no afastamento de três servidores ligados diretamente ao gabinete de Tatiana.

Apesar do afastamento das atividades legislativas, a Câmara Municipal de Teresina confirmou que, por enquanto, Tatiana permanece formalmente no cargo de vereadora, o que garante o pagamento do salário. Já a verba indenizatória, destinada ao exercício do mandato, e todos os cargos comissionados de seu gabinete foram suspensos.

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Segundo o presidente da Câmara, Enzo Samuel, o regimento interno prevê um prazo de até 60 dias para a convocação do suplente, o que só será antecipado se houver determinação da Justiça. O PSB, partido ao qual Tatiana é filiada, já solicitou a substituição da vereadora, em caráter de urgência.

“A Câmara segue a lei. Sem cassação ou determinação judicial contrária, o mandato continua ativo. O salário, portanto, também”, afirmou Enzo.

A situação provocou forte repercussão entre os vereadores e na opinião pública, principalmente diante da gravidade das acusações e do cenário político em que a cidade vive às vésperas de mais um ano eleitoral.

Enquanto isso, Tatiana segue presa preventivamente e aguarda os desdobramentos da investigação. O caso reacende o debate sobre os limites da imunidade parlamentar e o uso de recursos públicos por agentes políticos sob investigação.