Embate: Judiciário X Executivo -

Presidente do TSE diz que há "aqueles" que não sabem porque seguem a irracionalidade

Por Rômulo Rocha - Do Blog Bastidores

 

_Ministro Luís Roberto Barroso. Crédito: Rosinei Coutinho/Ascom/TSE
_Ministro Luís Roberto Barroso. Crédito: Rosinei Coutinho/Ascom/TSE 

O "MORRER PELA PÁTRIA E VIVER SEM RAZÃO"

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ministro Luís Roberto Barroso disse que em meio à essa campanha de desinformação, do ódio, da  mentira e das teorias conspiratórias, há os radicais e os mercenários, que se beneficiam disso no mundo. Mas há também os que não sabem o que estão fazendo no meio disso. Entretanto, "seguem o caminho". Quanto a estes, na visão do ministro, é preciso "conquistá-los".

As declarações foram dadas durante participação na manhã desta quarta-feira (4) do ciclo de debates proposto pela Escola Judiciária Eleitoral (EJE-RJ) do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). 

O presidente do TSE vem rebatendo os ataques do presidente Jair Bolsonaro proferidos contra a segurança do sistema de votação eletrônico.

Confira a declaração de Luís Roberto Barroso:

“Todo o mundo também, não só o Brasil, procura equacionar o problema da desinformação, do ódio, da mentira e das teorias conspiratórias, em que nós temos os radicais, que se beneficiam com isso, com ideologias extremistas; nós temos os mercenários, que recebem dinheiro e monetizam o seu radicalismo; e nós temos aqueles que não sabem o que estão fazendo e seguem o caminho. Estes nós precisamos conquistar”.

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ALTERNÂNCIA DE PODER

Barroso disse ainda que a "alternância do poder é a grande característica da democracia, com a possibilidade de que quem perde hoje ver respeitadas as regras do jogo para disputar amanhã e tentar ganhar. Isso é democracia". E que "uma das vertentes do autoritarismo contemporâneo é o discurso de 'se eu perder, houve fraude'”.

Também citou fenômenos nocivos às democracias. “São fenômenos diferentes, mas, quando se juntam, produzem este modelo de erosão democrática: o populismo, o extremismo e o autoritarismo”, disse, complementando que esse modelo tem como derivados a desinformação, o ódio, a mentira e as teorias conspiratórias.

O presidente do TSE concluiu a participação frisando a importância de manter um processo de votação eletrônico, com a segurança de um modelo que, em 25 anos, não apresentou sequer um caso de fraude.

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