Dinheiro Público -

Prefeitura de Campo Maior cancela pregão de medicamentos com sobrepreço de até 3.774,6%

 

Por Rômulo Rocha - Do Blog Bastidores

 

_Secretário de Saúde, Marcelo Miranda, ele não quis falar sobre o assunto (Foto: Divulgação)
_Secretário de Saúde, Marcelo Miranda, ele não quis falar sobre o assunto (Foto: Divulgação) 

No mesmo dia em que o Blog Bastidores, do 180, publicou a matéria titulada “Campo Maior licita medicamento com sobrepreço de até 3.774,6% em pregão milionário”, um aviso de cancelamento do pregão eletrônico de cerca de R$ 6,6 milhões foi confeccionado. 

A matéria colacionava uma série de remédios direcionada a marcas específicas e com sobrepreço a níveis exorbitantes. Num dos casos o medicamento chegava a ter o valor superestimado em até 3.774,6%.

No dia da publicação a reportagem seguiu para a pasta da Saúde do município de Campo Maior, mas o secretário Marcelo Miranda, embora no seu gabinete, não quis receber integrantes da equipe. 

Porém, servidores da pasta e assessores, mais receptivos, explicaram que uma reunião ocorreria no mesmo dia para tratar do assunto anteriormente divulgado. Ainda, que o edital fora confeccionado dentro da própria secretaria e que não houve má-fé.

Posteriormente, o Diário Oficial dos Municípios trouxe o aviso de cancelamento com a justificativa de que o procedimento é para que sejam efetuadas “algumas alterações”. 

O pregão eletrônico era destinado à contratação de empresa para fornecimento de medicamentos, material hospitalar, material de laboratório e outros, com o fim de atender às necessidades da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Maior. 

_Edital de Cancelamento (Imagem: Reprodução)
_Aviso de cancelamento (Imagem: Reprodução) 

O Blog Bastidores, como é possível depreender de duas matérias, sendo a segunda titulada “Medicamentos: outro lote da licitação de R$ 6,6 milhões também apresenta sobrepreço e direcionamento”, evidenciou inúmeras incongruências em dois dos lotes a serem licitados.

OUTRAS LICITAÇÕES DE MEDICAMENTOS NO PIAUÍ

Com informações privilegiadas, duas outras licitações milionárias já foram interrompidas, também após publicações jornalísticas do 180.

Uma da Fundação Piauiense de Serviços Hospitalares (FEPISERH) e a outra para um hospital no município de Simplício Mendes.

Ambas, assim como ocorreu em Campo Maior, possuíam direcionamento a marcas e remédios com sobrepreço.

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