Outra auditoria -

Prefeito de THE cria comissão para fazer auditoria nos pagamentos da gestão Gilberto Albuquerque

Por Rômulo Rocha - Do Blog Bastidores

Foto:Pessoa
_Só depois das denúncias do vice-prefeito Robert Rios ganharem conhecimento público, Dr. Pessoa toma uma atitude para atuar sobre eventuais desmandos na Fundação Municipal de Saúde

Apesar de não definir um período de tempo a ser investigado, o prefeito de Teresina Dr. Pessoa, acossado por denúncias de supostas práticas de corrupção em seu governo, determinou a criação de uma comissão especial para realizar uma auditoria nos contratos, compras e processos de pagamento da Fundação Municipal de Saúde (FMS). 

A ação ocorre somente após as denúncias públicas do vice-prefeito da capital Robert Rios Magalhães, que disse em entrevistas já vinha alertando membros do governo do qual fazia parte. Dr Pessoa chegou a dizer que não sabia de nada, depois pediu provas, e ao fim, mandou investigar, mas só depois que as denúncias chegaram à Polícia Federal, à Câmara de Vereadores e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI). 

A prefeitura de Teresina até agora não veio a público dizer se o prefeito Dr. Pessoa tinha ou não conhecimento de relatório de auditoria feita pela Controladoria-Geral do município apontando medidas a serem tomadas na FMS em face de supostos achados detectados e que teriam chegado ao conhecimento do ex-presidente Gilberto Albuquerque, segundo Robert Rios.

Já Albuquerque não retornou o pedido de contato feito pelo Blog Bastidores, do 180graus.com, para negar ou não o recebimento do relatório de auditoria e dizer, em caso de conhecimento, que atitudes tomou antes de deixar a fundação em meio a uma crise financeira na FMS.

"MATÉRIAS NA MÍDIA"

Para instituir a comissão especial responsável por uma auditoria nos pagamentos da FMS, o prefeito de Teresina leva em consideração “as recentes matérias veiculadas na mídia, envolvendo aspectos financeiros da Fundação Municipal de Saúde - FMS”, mas não cita o teor, nem o autor das denúncias, que vem a ser o vice-prefeito da capital. 

O chefe do Executivo municipal também leva em consideração “o imperioso dever de agir diante de informações que possam vir a comprometer o normal e correto funcionamento de órgãos e entidades municipais, da Administração Direita e Indireta do Poder Executivo”.

Leva em consideração ainda  “a imprescindibilidade permanente de zelar pela aplicação dos princípios norteadores da atividade administrativa, em especial os Princípios da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência de seus atos”.

A comissão especial instituída terá 30 dias para apresentar o relatório conclusivo da auditoria. O tempo para apuração poderá ser prorrogado.

Seja o que sair neste relatório, ele poderá ser confrontado com ações de órgãos da rede de controle, já acionados por Robert Rios.

A COMISSÃO

A comissão especial de auditoria é composta por sete profissionais.

São eles:

I - ARI RICARDO DA ROCHA GOMES FERREIRA – Procurador-Geral do Município – membro titular e Coordenador; 

II - RICARDO TEIXEIRA DE CARVALHO JÚNIOR – Auditor-Fiscal da Receita Municipal – membro titular; 

III - ESDRAS AVELINO LEITÃO JÚNIOR – Auditor-Fiscal da Receita Municipal – membro titular; 

IV - JOSÉ MARIA DE MOURA E VASCONCELOS – Auditor-Fiscal da Receita Municipal – membro titular; 

V - VALBER DE ASSUNÇÃO MELO – Advogado da FMS – membro titular; 

VI - BRUNA SULLIVAN RODRIGUES DA SILVA – Chefe de Gerência Executiva da FMS (Gerência de Contabilidade).

VII - DANIEL MEDEIROS DE ALBUQUERQUE – Procurador Municipal – membro suplente.

PODERES

O prefeito Dr. Pessoa deu poderes à comissão especial de auditoria para “no âmbito da FMS, requisitar a colaboração de pessoal, bem como documentos que auxiliem os trabalhos, realizar inspeções in loco e solicitar outras informações que sejam necessárias para o cumprimento do objeto do decreto” que instituiu o grupo.

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