Quem mandou matar? -

O erro que atrapalhou por anos o julgamento de Djalma Filho no Tribunal do Júri

 

Por Rômulo Rocha - De Brasília

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- Donizetti Adalto foi tão espancado que chegou a perder inúmeros dentes...

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PRONTO. AGORA PODE JULGAR?

Quando se vê uma decisão como essa, agora reformada, que acabou por dar fôlego aos propósitos do ex-vereador de Teresina Djalma Filho frente à sua batalha para tentar protelar o seu julgamento o máximo possível até prescrever o crime (ou mesmo provar a sua inocência, em meio aos indícios de autoria, que para as autoridades são fortíssimos), se imagina o quão membros do poder judiciário, por vezes, podem estar desconectados daquilo que estudantes, até os mais reles dentre aqueles que fazem concursos públicos, por exemplo, precisam se ater: a atualidade do meio que os cercam e os seus principais acontecimentos em todos os âmbitos esferas.

A decisão reformada mandava, olhe só, executar uma suposta pena a ser imposta a Djalma Filho. Mas como? Se passados quase 20 anos ele sequer sentou no banco dos réus? Esse detalhe é o que foi acatado, por se tratar de erro material, pelos doutos magistrados integrantes da 3ª Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na tarde da última quarta-feira (25).

“A Terceira Seção, por unanimidade, deu parcial provimento aos embargos de declaração, apenas para corrigir erro material apontado, excluindo do acórdão embargado a determinação de comunicação ao Tribunal de origem para que tome as providências que entender necessárias no tocante ao início da execução provisória da pena, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator”. O ministro relator do recurso  é Ribeiro Dantas.

Foto eternizada: Djalma Filho chora sobre o caixão de Donizetti Adalto
Foto eternizada: Djalma Filho chora sobre o caixão de Donizetti Adalto 

 

Findada essa fase, e não havendo, em tese, mais nenhum trunfo na manga, Djalma Filho deve finalmente ser julgado pelo crime que chocou o Piauí em 19 de setembro de 1998, numa emboscada covarde e cruel que acabou por ceifar a vida do polêmico apresentador Donizetti Adalto, morto espancado e com cerca de sete tiros.

Quando do crime, a boca da vítima foi tão agredida com coronhadas de revólver que muitos dos dentes do jornalista foram quebrados.

ATÉ AQUI... PERDEU

Ao recorrer inúmeras vezes ao STJ, Djalma quis também anular a sentença de pronúncia - que informa que ele está apto para ser julgado.

Mas essa se manteve.


_Trechos da Certidão com a decisão unanime da 3ª Seção.
Num dos detalhes o nome de José Eduardo Rangel de Alckmin, primo do governador de São Paulo Geraldo Alckmin, e ex-ministro do TSE...

 

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