Lava Jato | Embate no Supremo -

Ministro Luís Roberto Barroso diz que a corrupção quer vingança contra procuradores e juízes

Por Rômulo Rocha - Do Blog Bastidores

 

Luís Roberto Barroso, ministro do STF (Foto: divulgação)
Luís Roberto Barroso, ministro do STF (Foto: divulgação) 

"VINGANÇA"

"Na Itália, a corrupção venceu e conquistou a impunidade. Aqui, entre nós, ela quer mais, ela quer vingança, quer ir atrás dos procuradores e juízes que ousaram enfrentá-la para que ninguém nunca mais tenha coragem de fazê-lo".

Do ministro Luís Roberto Barroso, ministro do STF, durante o polêmico julgamento ocorrido nesta quinta-feira no plenário do Supremo.

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Ricardo Lewandowski (Imagem: STF) 
_Ricardo Lewandowski (Imagem: STF)  

ABUSOS

"Vossa excelência sempre quer trazer à baila aqui a questão da corrupção. Como se aqueles que estivessem aqui contra o modus operandi da Lava Jato fossem favoráveis à corrupção, mas o modus operandi da Lava Jato levou a conduções coercitivas, prisões coercitivas alongadas, ameaças a familiares, prisão em segunda instância e uma série de outras atitudes absolutamente, ao meu ver, incompatíveis com o Estado democrático de Direito".

Do ministro "Ricardo Lewandowski, rebatendo Luís Roberto Barroso.

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_Sérgio Moro (Imagem: Divulgação)
_Sérgio Moro    Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

UMA DAS VÍTIMAS (?)

Uma das consequências do julgamento é que o ex-juiz Sérgio Moro se mantém como um juiz parcial ao julgar o caso do Tríplex de Lula, vez que a Segunda Turma da Corte já havia assim entendido (3 x2) e, ao julgar que declarar a incompetência da 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba - como fez o ministro Edson Fachin -, não poria fim a uma série de recursos da defesa de Lula, entre eles o que acabou por culminar na declaração de que Moro seria parcial, o Pleno do Supremo manteve a decisão daquela Turma. 

Os ministros Edson Fachin, relator da ação, e Luís Roberto Barroso foram contrários a esse entendimento.

Acabaram votando por manter a decisão de parcialidade de Moro, ainda que indiretamente, os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Rosa Weber e Kassio Nunes Marques.

A votação, portanto, está 7 a 2 e houve pedido de vistas do decano Marco Aurélio Mello. 

Até o fim do julgamento os ministros podem mudar o voto.

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