Gestão posta em xeque -

Irmão denuncia prefeito de Cajueiro da Praia por suposta prática de corrupção

 

 

Por Rômulo Rocha - do Blog Bastidores

 

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- Em 1992, Pedro Collor, irmão do então presidente Fernando Collor de Melo, ajudou a por o governo abaixo em entrevista bombástica à revista Veja. Ainda que houvesse uma relação pessoal e consanguínea entre ambos, a revista bancou a publicação em prol do interesse público. Pedro Collor falava a verdade. O governo caiu.

RUA DAS POUSADAS BGK E MANATI

- No B.O( de português horrível) apresentado pelo prefeito, ele narra que sofreu ameaça. Isso porque teria denunciado que o irmão levou maquinário e caçamba para retirar piçarra destinada à construção de várias ruas, uma delas onde ficam as pousadas BGK e Manati, em Barra Grande, mas que não tinha autorização. Tudo teria sido filmado. Em decorrência disso teria sofrido ameaça de morte e vem sendo perseguido.

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ACUSAÇÃO DE CORRUPÇÃO: Trecho da denúncia feita pelo irmão do prefeito contra o próprio gestor
ACUSAÇÃO DE CORRUPÇÃO: Trecho da denúncia feita pelo irmão do prefeito contra o próprio gestor 

À MATÉRIA

NA BELA CIDADE DE CAJUEIRO DA PRAIA...

Não é raro no Piauí, que envoltos em supostas práticas de corrupção tentem pessoalizar a relação denunciante versus denunciado para se livrar daquilo que chega à rede de controle e que merece respeitada apuração. O objetivo, claro, é jogar uma cortina de fumaça, é tornar pessoal a situação e alegar perseguição por motivos outros, ainda quando o que está em jogo e precisa ser dissipado é aquilo que envolve o interesse público.

É mais ou menos para dissipar tais dúvidas, que a conselheira do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI), Lília Martins, encaminhou para a regional do Tribunal de Contas em Parnaíba uma pormenorizada denúncia do irmão do prefeito de Cajueiro da Praia contra o próprio gestor e pediu que fosse analisados os argumentos do líder do Executivo municipal.

O empresário Cândido Inácio da Silva Júnior sustenta que há mau uso do dinheiro público por parte de Girvaldo Albuquerque da Silva, assim como enriquecimento ilícito, fraude em licitações e cobrança de sobrepreço, a exemplo da aquisição de combustível para "lavar dinheiro", beneficiar a si próprio e a amigos próximos que bancaram a última campanha ou foram cabos eleitorais.

Na peça remetida ao Tribunal de Contas, o denunciante afirma que o prefeito Girvaldo Silva cresceu e muito o seu patrimônio ao atingir a cifra de R$ 800 mil, com imóveis declarados abaixo do preço de mercado para esconder o real patrimônio. Sustenta também que usaria uma firma de sal para “lavar e legalizar seus desvios de recursos públicos”.

“As licitações do município de Cajueiro da Praia/PI de 2017 até hoje foram todas manipuladas e marcadas para vencer uma firma concorrente previamente acertada e escolhida pelo denunciado, como por exemplo a de aluguel de carros e do transporte escolar”, informa.

Também apresenta informações detalhadas sobre a contratação de empresa sem capacidade técnica para a reforma de escolas, ainda contratações supostamente indevidas, abandono de uma ambulância do SAMU numa sucata, desvios através de contrato de combustível, pagamento de funcionário particular com o dinheiro público, não realização de georreferenciamento das equipes de saúde da família e contratação de “show musical” acima do preço.

A DEFESA DO PREFEITO

Ao apresentar os argumentos preliminares, a defesa do gestor de Cajueiro da Praia, alega, primeiramente, que “denunciado e denunciante, embora sejam irmãos, possuem extrema inimizade, possuindo aquele, o objetivo único de prejudicar esse gestor, proferindo inverdades na tentativa de difamá-lo, caluniá-lo e injuriá-lo”.

Ao negar todos os fato imputados, afirma que “as afirmações dispostas na inicial denotam uma significativa nuance de subjetividade perpetrada pelo Sr. Cláudio Inácio, inimigo declarado e reconhecido do denunciado, levando à conclusão que as alegações ali dispostas correspondem a mero revanchismo e perseguição”.

_Boletim de Ocorrência

E continua, afirmando que “faz prova de tal alegação, por exemplo, o boletim de ocorrência que segue em anexo, através do qual o denunciado reporta à autoridade policial o fato de ter sido ameaçado pelo denunciante, comprovando a inimizade e o desafeto existente entre os dois irmãos”.

No B.O (de português horrível) apresentado pelo prefeito, ele narra que sofreu ameaça. Isso porque teria denunciado que o irmão levou maquinário e caçamba para retirar piçarra destinada à construção de várias ruas, uma delas onde ficam as pousadas BGK e Manati, em Barra Grande, mas que não tinha autorização. Tudo teria sido filmado.

Em decorrência disso sofreu ameaça de morte e vem sendo perseguido.

Trecho do Boletim de Ocorrência registrado pelo prefeito contra o irmão
Trecho do Boletim de Ocorrência registrado pelo prefeito contra o irmão 

 

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