Estranhos "achados" -

Hospital de Oeiras adquiriu medicamentos acima do preço ofertado em pregão suspeito

 

Por Rômulo Rocha - Do Blog Bastidores

 

_A sede da Ello, na Barão de Gurguéia. A empresa que o irmão do deputado Assis Carvalho diz que não é dele
_A sede da Ello, na Barão de Gurgueia. A empresa que o irmão do deputado Assis Carvalho diz que não é dele  

Um relatório técnico do Tribunal de Contas do Estado (TCE) aponta que o Hospital de Oeiras denominado Deolindo Couto teria adquirido medicamentos e material hospitalar por valores maiores do que os preços ofertados pelas empresas vencedoras no polêmico Pregão nº 01/2017. Entre essas empresas fornecedoras encontra-se a Ello Distribuidora de Medicamentos LTDA, que o irmão do deputado federal Assis Carvalho (PT), Edmilson Carvalho, diz não ser sua.

Ocorre, que a Ello foi desclassificada do pregão, como demonstrou o reportado em matéria publicada pelo Blog Bastidores, do 180, titulada "OEIRAS: mesmo desabilitada, empresa de medicamentos reina no fornecimento a hospital". Tal empresa é a primeira da lista de fornecimentos suspeitos, conforme as informações abaixo, que constam do relatório de auditoria que compõe autos que tramitam no TCE-PI. A lista também é composta por outras empresas supostamente estranhas ao pregão, ou seja, que não teriam participado dele.

_Relação de empresas que não participaram do pregão, mas forneceram medicamentos e materiais hospitalares ao hospital de Oeiras por dispensa de licitação. A Ello chegou a participar do pregão, mas foi desabilitada.
_Relação de empresas que não participaram do pregão, mas forneceram medicamentos e materiais hospitalares ao hospital de Oeiras por dispensa de licitação. A Ello chegou a participar do pregão, mas foi desabilitada. 

A Ello Distribuidora de Medicamentos LTDA também figura no relatório, ao lado da R. O. Carvalho do Nascimento LTDA, como empresas que forneceram medicamentos acima do preço.

A lista de medicamentos e material hospitalar é extensa, e quando constatada, o que era para sair por R$ 89.709,80, constava nos somatórios das notas fiscais a quantia de R$ 106.349,97, portanto, um valor a mais de R$ 16.640,17, num estado que não tem dinheiro suficiente para as demandas da saúde. 

Um exemplo da divergência desses valores é o preço do soro fisiológico 0,9% 100ml (Farma). No pregão, a unidade sairia por R$ 3,60, mas na nota fiscal, segundo o relatório, consta R$ 3,80.

A grande quantidade de material hospitalar e medicamentos fornecidos transforma essas pequenas diferenças em valores vultosos.

VEJA TRECHO DO RELATÓRIO DE AUDITORIA_

_Trecho do relatório de auditoria
_Trecho do relatório de auditoria 

 

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