Em ano de pandemia, faturamento de -

GAECO: Ex-prefeito e filho teriam surrupiado mais de R$ 2,5 milhões do erário só em 2021

 

Por Rômulo Rocha - Do Blog Bastidores

 

_Prefeito Ozires Castro (Foto: Reprodução)
_Ex-prefeito Ozires Castro (Foto: Reprodução) 

ENTRE FAMÍLIA E SUPOSTOS AMIGOS

Segundo a denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) no âmbito da Operação Primus, que apontou a existência de suposta organização criminosa e práticas de corrupção no município de Baixa Grande do Ribeiro, só no ano de 2021, durante a pandemia, o ex-prefeito do município Ozires Castro Alves, apontado como chefão da ORCRIM, e o seu filho, André Ake Boson Castro, dono da Construforte, teriam surrupiado dos cofres cofres públicos municipais a cifra de R$ 2.598.500,00. 

O valor não inclui eventuais repasses de “recursos creditados pelos seus sócios e nem pelas outras empresas vinculadas aos mesmos sócios” e que participariam do suposto esquema criminoso, alvo da Operação Primus, deflagrada pelo Ministério Público Estadual (MPE).

Ozires teria recebido R$ 670.000,00, já o filho, R$ 1.928.500,00, totalizando os quase R$ 2,6 milhões.

_Imagem: Reprodução dos autos
_Imagem: Reprodução dos autos 

 

"O fluxo financeiro acima apontado é revelador de que o ex-prefeito municipal Ozires Castro Silva é a principal liderança da ORCRIM, vez que a maior parte do dinheiro público desviado foi encaminhado para os membros do Núcleo Ozires (as empresas CONSTRUFORTE e ESTRELA INDÚSTRIA DE TIJOLOS e as pessoas físicas Ozires Castro Silva, Maria Arlete Boson Pinheiro da Silva, André Ake Boson Castro, Aline de Miranda Santos, Valéria Boson Castro Moreno, Eleonay Castro Silva, Eudes Castro Silva, Anamira Castro Silva", sustentou o Ministério Público.

NÚCLEOS DA ORCRIM

Ainda segundo o MPE, a suposta organização criminosa era dividida em núcleos. Havia o núcleo político, empresarial e o contábil. 

Seguem os núcleos, segundo a denúncia:

Núcleo Político – chefiado pelo Denunciado OZIRES CASTRO SILVA (Ex-Prefeito de Baixa Grande do Ribeiro-PI) e integrado pelo Denunciado JOSÉ LUIS SOUSA, atual Prefeito de Baixa Grande do Ribeiro-I, e pela Denunciada MARIA ARLETE BOSON PINHEIRO DA SILVA, Secretária Municipal de Educação de Baixa Grande do Ribeiro;

Núcleo Empresarial – sem uma chefia propriamente dita. Composto por empresários vinculados (ex-motorista, ex-secretários, parentes) ao Denunciado OZIRES CASTRO FILHO. As empresas eram favorecidas nos procedimentos licitatórios, eram contratadas e pagas pelo Município para, posteriormente, repassar os recursos para os membros integrantes da ORCRIM.

Núcleo Contábil – composto por contadores, como OTTO FLOSS (denunciado), responsável por zelar pela aparente legalidade e existência das empresas da ORCRIM, preparar as documentações das empresas para participarem das licitações".

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