Discurso no Plenário da Câmara -

Deputado federal Merlong Solano defende apuração de “crimes” de Jair Bolsonaro

 

Por Rômulo Rocha - Do Blog Bastidores

 

_Deputado Merlong Solano (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)
_Deputado Merlong Solano (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados) 

Classificando como “tímidas” as reações dos demais Poderes às ações e declarações do presidente Jair Bolsonaro (PT-PI) no 7 de Setembro, o deputado federal Merlong Solano (PT-PI) defendeu a apuração de “crimes” cometidos pelo chefe do Palácio do Planalto. A manifestação do parlamentar ocorreu nesta quinta-feira (09/09) no plenário da Câmara Federal.

“A nós, aqui no Congresso Nacional, também não basta apenas dar respostas verbais através das redes sociais, embora isso tenha certa importância. Cabe-nos a grande responsabilidade de apurar os crimes cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro. Já são mais de 130 pedidos de abertura de processo de impeachment”, disse.

Para o parlamentar, “no 7 Setembro, o presidente Bolsonaro atacou a Constituição Federal mais uma vez. Agora, ele coloca como objetivo anular o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal Eleitoral”.

Ressaltou que mesmo assim, a reação dos demais Poderes foi “quase que amedrontada”. “Eu, ao observar a reação dos Chefes dos Poderes, diante da gravidade desse fato, entendo que as respostas até aqui foram tímidas, quase que amedrontadas. Nota de repúdio, publicação em rede social não vão parar o Presidente Jair Bolsonaro”, falou. 

Para Solano, “enquanto isso acontece, enquanto os Poderes não assumem a responsabilidade com a devida grandeza que devem ter, a nossa população segue sofrendo, com o retorno da inflação, que está chegando a dois dígitos, sobretudo afetando a população mais pobre, porque os alimentos são os que mais sobem, o desemprego nas alturas, a volta da fome, os empresários sem perspectivas, sem confiança em investir no Brasil”.

Em relação ao Supremo Tribunal Federal disse entender “que não cabe responder com nota de repúdio. Cabe responder com decisões judiciais, observando o devido processo legal. Falo tanto do Supremo Tribunal Federal quanto do Tribunal Superior Eleitoral”.

O deputado também avalia que “a população parece ainda meio anestesiada” e que “há uma maioria silenciosa”.

“À população, aos partidos, aos sindicatos e às igrejas entendo que cabe voltar ao grande palco da democracia — às ruas —, em defesa da vida, em defesa da democracia, em defesa da dignidade humana de todos nós, brasileiros e brasileiras. Tem que ser também em defesa do respeito aos contratos, para que possa ser retomado o crescimento da nossa economia e possam ser gerados empregos e oportunidades de renda para a nossa população, que está sofrendo”, pontuou.

Veja no Blog Bastidores:

- Incapaz de pôr freios no presidente, Ciro Nogueira se torna um dos fiadores do governo

Comentários

Trabalhe Conosco