Má administração -
Comerciantes cobram da Prefeitura de Campo Maior uso correto do dinheiro público
Por Rômulo Rocha - Do Blog Bastidores
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- Na rodoviária, 72 horas depois a energia elétrica não havia sido religada ainda
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"NÓS NUNCA TIVEMOS ISSO AQUI, CORTE DE ENERGIA, NÃO"
No mercado público municipal de Campo Maior a energia elétrica até já voltou, embora 24 horas depois do corte, ocorrido na última segunda-feira (16).
O acontecimento, entretanto, deixou profundas marcas e fez com que muitos afirmassem que nunca antes espaços públicos como aquele, em todas as suas alas, havia acontecido tamanho descaso advindo da administração pública.
Impressionantemente a totalidade dos comerciantes ouvidos temiam ser fotografados e dar os nomes, por medo de represálias.
Na ala de carnes, comerciantes com 30 anos de atuação e até com 50 anos de atuação naquele espaço afirmavam categoricamente nunca ter visto isso ocorrer, um corte de energia por falta de pagamento.
Alegaram, porém, que pagam em dia o preço pela ocupação dos boxes, onde atuam para vender carnes. A cobrança é mensal. Diante disso esperavam comprometimento da Prefeitura de Campo Maior na aplicação correta dos recursos públicos, no tocante ao pagamento da energia elétrica em dia. Houve quem perdesse carne naquela segunda-feira.
Segundo proprietários de bancas na ala de verduras, o valor pago mensalmente para ocupar pequenos espaços públicos é de no mínimo R$ 44,00 por mês. Relatam ainda que se atrasarem a burocracia é enorme para conseguir pagar os boletos.
"E olha que se você botar a banca ali do lado de fora eles cobram", relata uma senhora já de cabeço grisalho, no auge dos seus 60 anos.
“Nunca havia ocorrido isso aqui. Estou aqui há 30 anos”, falou, pedindo anonimato. “A gente paga tudo em dia. Para onde está indo esse dinheiro?”, indaga.
Outro comerciante, vizinho à senhora, afirmou que se não pagarem durante três meses seguidos essas taxas correm o risco de perderem a banca.
RODOVIÁRIA
Em visita à rodoviária, nesta quarta-feira (18), a reportagem constatou que ela continuava sem energia elétrica também desde a última segunda-feira, quando viralizaram fotos da noite vexatória para a administração pública local que foi a daquele dia.
Lá comerciantes que possuem boxes e os boxes das empresas de ônibus têm ligação elétrica própria, com medidor separado. Em face disso, as consequências são menores, comparadas às vividas pelo comerciantes do mercado público.
Porém, ainda assim, o espaço público da rodoviária não possui energia elétrica por falta de pagamento, só as áreas privada.
Os colaboradores que trabalham para as empresas de ônibus chegaram a evidenciar que elas também pagam pelos espaços que ocupam, os respectivos boxes. A empresa Furtado paga R$ 118,80, por exemplo.
Já a empresa Guanabara, que possui um espaço menor, paga R$ 99,00. Relataram, porém, que se deixarem atrasar um só dia, o valor a ser pago a mais é da ordem de R$ 20,00. E a burocracia é enorme. As taxas vão para a prefeitura.
COSIP
Também reclamam que pagam Contribuição de Iluminação Pública (COSIP) mensalmente, mas que com o ocorrido, o corte da energia, não sabem onde vai para esse dinheiro.
Essa taxa de iluminação pública tem como objetivo subsidiar manutenções, serviços e a própria energia elétrica utilizada para a iluminação em espaços públicos.
COBRANÇA PARA FISCALIZAREM
Esta semana, o Blog Bastidores, do 180, revelou que a Equatorial encaminhou expediente à Câmara de Vereadores do município de Campo Maior pedindo que a Casa legislativa municipal fiscalize os gastos da prefeitura local.
A ampla maioria dos vereadores, no entanto, são do lado do prefeito José de Ribamar Carvalho, o Ribinha do PT.
CONFIRA:________
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