Disparidade de Armas -

Advogados que defendem Moro dizem que AGU teve acesso ao vídeo e ex-juiz não

 

Por Rômulo Rocha - Do Blog Bastidores

 

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_Imagem:           RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

Os advogados de Sérgio Moro se manifestaram agora há pouco sobre a mais recente petição protocolada pela Advocacia Geral da União (AGU), que faz a defesa do presidente da República Jair Bolsonaro no inquérito aberto para apurar supostos crimes.

Segundo a nota emitida pelos advogados do ex-ministro da Justiça, "Sérgio Moro e seus advogados foram surpreendidos com a petição da AGU, em favor do presidente da República, no inquérito junto ao STF".

A nota sustenta que "a petição contém transcrições literais de trechos das declarações do Presidente, mas com omissão do contexto e de trechos relevantes para a adequada compreensão do que ocorreu na reunião" interministerial do dia 22 de abril.

"De todo modo, mesmo o trecho literal, comparado com fatos posteriores, como a demissão do diretor-geral da PF, a troca do superintendente da PF e a exoneração do ministro da Justiça, confirma que as referências diziam respeito à PF e não ao GSI", acrescem.

Finalizando que "a transcrição parcial busca apenas reforçar a tese da defesa do presidente, mas reforça a necessidade urgente de liberação do vídeo na íntegra".

Moro e seus advogados tiveram apenas a possibilidade de assistirem ao vídeo em ato determinado pelo relator do caso, ministro Celso de Mello - do Supremo Tribunal Federal (STF) - e organizado pela Polícia Federal.

 

Segue a nota oficial da defesa de Sérgio Moro:

“Sérgio Moro e seus advogados foram surpreendidos com a petição da AGU, em favor do presidente da República, no inquérito junto ao STF.  A transcrição parcial revela disparidade de armas, pois demonstra que a AGU tem acesso ao vídeo, enquanto a defesa de Sérgio Moro não tem. A petição contém transcrições literais de trechos das declarações do Presidente, mas com omissão do contexto e de trechos relevantes para a adequada compreensão do que ocorreu na reunião –inclusive, na parte da “segurança do RJ”, do trecho imediatamente precedente. De todo modo, mesmo o trecho literal, comparado com fatos posteriores, como a demissão do diretor-geral da PF, a troca do superintendente da PF e a exoneração do ministro da Justiça, confirma que as referências diziam respeito à PF e não ao GSI. A transcrição parcial busca apenas reforçar a tese da defesa do presidente, mas reforça a necessidade urgente de liberação do vídeo na íntegra.”

Rodrigo Rios, advogado de Sérgio Moro

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