Ataques promovidos por uma facção -

Violência no RN: número de presos após ataques sobe para 73

A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte (RN) atualizou, na manhã desta sexta-feira (16/3), o número de pessoas presas após quatro dias de violência em várias regiões do estado. No balanço mais recente, divulgado às 8h30, a polícia afirma que prendeu 73 suspeitos de envolvimento na onda de crimes.

Foto: Reprodução/Secretaria de Segurança Pública RN

Nesta semana, diversas cidades potiguares foram alvos de ataques promovidos por uma facção criminosa, que lançou ofensivas contra órgãos públicos, delegacias de polícia e veículos da frota de transporte público.

Dentre os presos estão um adolescente, 10 foragidos da Justiça recapturados e duas pessoas com tornozeleira eletrônica: uma detida portando arma de fogo e outra com um galão de gasolina. Ainda não há informações sobre o número de presos após a operação desta manhã.

No total, foram apreendidos pelas forças de segurança:

20 armas de fogo

4 simulacros de arma de fogo

62 artefatos explosivos

22 galões de gasolina

10 motos

2 carros

Dinheiro

Drogas

Munições

Produtos de furto

Operação contra facção criminosa

As forças de segurança do Rio Grande do Norte (RN) realizam na manhã desta sexta-feira (17/3) uma operação contra a facção suspeita de articular a onda de violência que assola o estado há quatro dias.

A ação foi realizada em conjunto com as polícias Civil, Militar e Federal. São cumpridos 30 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão contra alvos ligados à facção denominada Sindicato do Crime.

O governo estadual calcula que ataques a ao menos 30 cidades potiguares estão sendo organizados pela organização criminosa, com ordens de dentro do presídio.

O grupo alvo da operação, uma espécie de célula da facção, é liderado por José Kemps Pereira de Araújo, de 45 anos, conhecido como Alicate. Ele está preso e foi transferido da penitenciária de Alcaçuz para o presídio federal de Mossoró na última terça-feira (14), como medida do governo para tentar conter as ações criminosas no estado.

O grupo criminoso, que é investigado desde 2022, movimentava aproximadamente R$ 150 mil por mês com tráfico e assaltos. Além dessas atividades ilícitas, a organização tinha como característica principal matar e atentar contra agentes de segurança pública. Pelo menos quatro policiais foram alvos de atentados nos últimos 5 anos.

A suspeita da polícia é que as pessoas ainda em liberdade estivessem cumprindo as ordens de Alicate. Os mandados eram cumpridos em Natal, Parnamirim e Nísia Floresta, na região metropolitana da capital do Rio Grande do Norte.

Ataques generalizados

O Rio Grande do Norte entrou nesta sexta-feira no quarto dia sob ataques. Pelo menos 39 cidades do estado foram alvos das ações criminosas no estado. A onda de violência começou na terça-feira (14/3), quando prédios públicos, comércios e veículos de pelo menos 10 cidades foram alvos de tiros e incêndios.

No mesmo dia, Flávio Dino (PSB) autorizou o envio da Força Nacional para conter os ataques. Inicialmente, o ministro da Justiça e Segurança Pública determinou o envio de 100 agentes e 30 veículos. O efetivo deslocado, porém, já dobrou de tamanho.

Mesmo após a chegada da Força Nacional, um ônibus e três micro-ônibus foram incendiados em Natal. No bairro Guararapes, na zona oeste da capital, os bandidos abordaram um motorista, pediram que ele e o passageiro saíssem, e atearam fogo no veículo. As chamas também atingiram fiações elétricas.

Sindicato do Crime no RN

Trata-se de uma organização criminosa formada por dissidentes do Primeiro Comando da Capital (PCC). O Sindicato do Crime foi criado em março de 2013 e se alinhou ao Comando Vermelho, que está em guerra com a facção paulista.

O Sindicato do Crime ficou conhecido com a onda de atentados realizados em agosto de 2016 no Rio Grande do Norte. Na ocasião, também foram realizados ataques contra delegacias e demais prédios públicos, além de destruição de carros e ônibus tanto na capital quanto no interior.

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