Nos últimos meses, a cocaína rosa, uma nova droga sintética, tem despertado preocupações em diversos países europeus. Popular em festas e baladas, especialmente na Espanha e Reino Unido, essa substância é alvo de operações policiais e alertas de especialistas, que destacam os riscos graves que ela representa à saúde pública.

Recentemente, a polícia espanhola fez uma das maiores apreensões de drogas sintéticas, incluindo uma quantidade significativa de cocaína rosa e mais de um milhão de comprimidos de ecstasy. A operação teve como alvo redes de distribuição em áreas turísticas, como Ibiza e Málaga, locais onde a droga circula com frequência.

Embora seja chamada de "cocaína", a cocaína rosa não contém essa substância. Trata-se de uma mistura de drogas como MDMA, cetamina e 2C-B, cujas combinações variam, resultando em efeitos imprevisíveis. O MDMA, conhecido como ecstasy, é um estimulante com propriedades psicodélicas, enquanto a cetamina, utilizada na medicina, pode provocar alucinações e sedação quando usada recreativamente. O 2C-B, por sua vez, é uma droga psicodélica que também possui efeitos estimulantes.

O grande perigo da cocaína rosa está em sua composição variável, o que transforma seu uso em uma “roleta-russa” de efeitos colaterais. A presença da cetamina pode causar inconsciência e dificuldades respiratórias, aumentando o risco de overdose. Além disso, a popularidade crescente entre os jovens preocupa as autoridades, devido à sua aparência colorida e atraente, especialmente em festas e clubes, o que a torna ainda mais perigosa.