Uma educadora de 54 anos foi agredida por um aluno do ensino médio na Escola Estadual dos Três Poderes, localizada na Pampulha, em Belo Horizonte (MG). O conflito ocorreu na segunda-feira (05/05), após a profissional advertir o estudante por utilizar o celular em sala de aula — prática proibida por legislação vigente.

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De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), a professora solicitou que o aluno guardasse o aparelho. Diante da recusa, ela acionou a direção. Ao retornar à sala, conduziu o jovem até a Diretoria. No entanto, ele não aceitou a orientação e tentou deixar o local. A professora tentou impedir sua saída, momento em que foi agredida.

Outros estudantes registraram o episódio. Nas imagens, é possível ver a professora em frente à porta da sala. O aluno se aproxima e tenta abri-la com força. A docente permanece posicionada diante da porta, bloqueando a passagem. A porta se abre e, ao ser empurrada, a educadora cai no chão do corredor. Em seguida, o adolescente se aproxima, aponta o dedo e grita com ela.

Quando os policiais chegaram, relataram que o jovem apresentava sinais de "ansiedade, inquietação, agitação e movimentos constantes". A gestão da escola confirmou que tais comportamentos são frequentes no estudante, assim como episódios de desobediência.

No boletim de ocorrência, a família informou que não havia comunicado à escola sobre as condições do filho, diagnosticado com Transtorno Opositor Desafiador (TOD) e Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Os pais relataram que, embora o filho esteja em acompanhamento, o médico suspendeu a medicação recentemente.

O adolescente foi levado a uma unidade hospitalar, onde os responsáveis receberam orientações. Já a professora, apesar de abalada emocionalmente, recusou atendimento médico e não sofreu ferimentos.

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais declarou que a direção da escola tomou todas as providências cabíveis. Será implementado um trabalho interdisciplinar com a turma envolvida, voltado ao fortalecimento da comunicação não violenta. “A SEE/MG reforça que repudia toda e qualquer forma de agressão ou violência no ambiente escolar”, afirmou.