Presença criminosa -

Polícia quer reabrir investigação de Madeleine McCann com base em novas evidências

A polícia alemã reforçou as investigações sobre o caso Madeleine McCann para evitar a libertação de Christian Brueckner, principal suspeito pelo desaparecimento da menina, em 2025. Fontes oficiais revelam que, logo após o 18.º aniversário do sumiço, novas evidências foram reunidas e servirão de base jurídica para estender sua detenção. As autoridades avaliam que o conjunto probatório é robusto o suficiente para impedir a soltura automática ao término de sua pena atual.

Brueckner cumpre atualmente sete anos de prisão por um estupro cometido em 2005, no Algarve mesma região de Portugal em que os McCann estavam hospedados quando Madeleine desapareceu, em maio de 2007. Para as investigações, esse fato reforça a hipótese de que o acusado já mantinha presença criminosa vinculada ao ambiente da Praia da Luz, o que embasa a conexão entre ambos os episódios.

Conforme reportagem da imprensa internacional, a conclusão da pena de Brueckner está prevista para algum momento de 2025. Em resposta a essa proximidade, promotores e agentes alemães intensificaram as diligências, resultando na descoberta de um disco rígido contendo imagens e documentos perturbadores. Esses arquivos, aliados a depoimentos e laudos periciais, sustentam a tese de que Madeleine tenha sido morta pouco após seu desaparecimento.

Foto: Arquivo pessoal/ReproduçãoMadeleine McCann

O material digital foi encontrado em uma antiga fábrica de caixas adquirida por Brueckner em 2008, cerca de um ano depois do sumiço em Portugal. Durante a apreensão, os investigadores também recolheram 75 trajes de banho infantis, brinquedos, bicicletas, máscaras, armas ilegais e substâncias como éter e clorofórmio, capazes de provocar perda de consciência. A soma de itens infantis, entorpecentes e armamento levou as autoridades a tratar o local como esconderijo montado para fins criminosos.

Em 2016, outra propriedade ligada ao suspeito, em Neuwegersleben, já havia sido alvo de busca. Na ocasião, foram encontrados cerca de 8 000 arquivos de imagens e vídeos com conteúdo de abuso infantil, dispositivos eletrônicos enterrados ao lado de um cachorro e narrativas fictícias sobre sequestro de meninas, além de registros de conversas com outros criminosos sexuais. Para os promotores, esses antecedentes, somados às novas provas, apontam fortemente para a premeditação do crime, ainda que restos mortais da menina nunca tenham sido localizados.

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