
PMs são presos acusados de integrar rede de assassinos de aluguel
A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo investiga um grupo de policiais do 17º Batalhão do Interior (17º BPM/I), de São José do Rio Preto, suspeitos de integrar uma organização criminosa envolvida com agiotagem e homicídios. A denúncia foi recebida em abril de 2024 e levou à prisão dos sargentos Saint Clair Soares, Rafael Soares e Alan Victor Soares, além do cabo Felício Pereira Alonso Soler, todos acusados de participação direta nos crimes. Outros dois policiais, incluindo o soldado Luís Guilherme Silva Pavani, também são investigados, mas seguem em liberdade. Com informações do Metrópoles.
As apurações apontam que, entre março e dezembro de 2023, ao menos seis homicídios foram cometidos na região, sendo cinco relacionados à execução de agiotas e um motivado por vingança. A Corregedoria afirma que os crimes ocorreram de forma semelhante, com ações rápidas e uso de armas de fogo. Dois desses homicídios teriam sido cometidos pelo sargento Saint Clair durante seu turno de serviço. A traficante e agiota Bianca Meirelles Nogueira é apontada como contratante dos policiais, incluindo no caso da execução de Jefferson Caetano Barbosa, o “Mandrak”.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que a Polícia Militar instaurou um Inquérito Policial Militar para apurar os fatos e já adotou medidas cautelares, com mandados de prisão e busca cumpridos em maio deste ano. A SSP reforçou que não compactua com desvios de conduta e que os policiais presos foram encaminhados ao Presídio Militar Romão Gomes, em São Paulo. Até o momento, a defesa dos envolvidos não foi localizada, e o espaço segue aberto para manifestações.