Tragédia em Manaus -

Pai e filho de 2 anos são mortos após gesto ser confundido com sinal de facção

Um momento trivial se transformou em tragédia no bairro Valparaíso, na Zona Leste de Manaus, quando um pai e seu filho pequeno foram brutalmente assassinados a tiros após um gesto com as mãos ser interpretado como um sinal de facção rival. O crime, ocorrido no último dia (22/06), vitimou Moisés de Souza Sena, de 23 anos, e seu filho, Lohan Miguel, de apenas 2 anos. A mãe da criança, que também estava na moto com os dois, foi baleada, mas sobreviveu.

De acordo com as investigações conduzidas pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), o autor dos disparos, identificado como Luís Fernando da Mata Oliveira, de 23 anos, conhecido como "Zeca", confessou o crime durante audiência de custódia. Em seu depoimento, alegou ter se sentido provocado por um gesto feito por Moisés – interpretado como um suposto sinal de facção inimiga – e afirmou ter "perdido a cabeça".

Foto: ReproduçãoReprodução

A ação foi rápida e cruel: os três estavam em uma motocicleta quando foram surpreendidos por Zeca, que se aproximou em outra moto e abriu fogo com uma pistola 9 mm. Moisés e o filho morreram no local. A mãe, apesar dos ferimentos, conseguiu escapar com vida e deve prestar depoimento nos próximos dias.

Capturado em Iranduba, município da região metropolitana de Manaus, Zeca foi preso após uma operação que envolveu a CICOM, a Rocam, o Pelotão Fluvial e a 8ª CIPM. Ao ser apresentado à Justiça, ele disse estar arrependido — não pelo ataque em si, mas por ter matado a criança, revelando que também é pai.

O crime gerou comoção e revolta nas redes sociais, reacendendo o debate sobre a escalada de violência relacionada ao tráfico e ao domínio territorial das facções. O gesto que motivou o ataque, segundo a polícia, não possui qualquer confirmação de vínculo com organizações criminosas.

A comunidade local agora tenta se recuperar do impacto de uma violência cada vez mais irracional, onde até um movimento com as mãos pode custar vidas inocentes. Familiares de Moisés e do pequeno Lohan clamam por justiça — e por respostas que previnam que mais tragédias assim se repitam.

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