A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, na manhã desta quinta-feira (31), três suspeitas de fraudes bancárias contra clientes do Banco de Brasília (BRB). Os envolvidos, com idades entre 18 e 27 anos, foram detidos em uma operação que abrange as cidades de Planaltina e Guará (DF), Ipatinga (MG), Guarulhos e Ribeirão Preto (SP), além do cumprimento de cinco mandatos de busca e apreensão.

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As investigações, que tiveram início em junho de 2023, revelaram um funcionamento sofisticado do grupo, que utilizava aplicativos de mensagens e redes privadas virtuais (VPNs) para dificultar o rastreamento de suas atividades.

A organização criminosa divide as funções entre seus membros. Os suspeitos de São Paulo eram encarregados de obter informações internacionais do BRB, enquanto um dos detidos no Guará, conhecido como "Bryan Chipeiro", era responsável pela clonagem dos números telefônicos das vítimas. Com táticas bem elaboradas, o grupo acessava informações internacionais do banco e, usando números clonados, conseguia acessar contas bancárias e transferir os valores roubados para “laranjas”, dificultando a recuperação do dinheiro.

Os acusados ​​​​são acusados ​​de corrupção ativa, estelionato e lavagem de dinheiro, com penas que podem chegar a até 16 anos de prisão.

A operação da PCDF foi nomeada de Black Mirror, em alusão à série de ficção científica britânica. Em um dos episódios, um jovem chamado Kenny é chantageado por hackers após ser filmado em uma situação constrangedora e é forçado a realizar diversas tarefas ilegais, incluindo um roubo a banco, explorando temas de privacidade, vigilância e as graves consequências da chantagem online.