Motivado por ciúmes -

Mulher de professora achada morta foi mandante do crime, afirma polícia

A Polícia Civil concluiu que a veterinária Fernanda Fazio, de 45 anos, mandou matar a esposa, a professora Fernanda Reinecke Bonin, de 42, motivada por ciúmes. O corpo da docente foi encontrado no dia 28 de abril, em um terreno baldio localizado na Vila da Paz, zona sul de São Paulo. Ela apresentava marcas de estrangulamento, com um cadarço enrolado ao redor do pescoço.

Foto: reproduçãofoto

O caso está sob responsabilidade do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que pediu a prisão da veterinária e de mais dois indivíduos envolvidos na execução do crime.

Segundo o boletim de ocorrência, registrado pela própria Fernanda Fazio, o casal vivia junto há oito anos e tinha dois filhos, mas estava separado há cerca de um ano. Ainda conforme o relato, elas faziam terapia para tentar uma reconciliação.

Um dos suspeitos foi preso nesta quinta-feira (08/05), após ser identificado por câmeras de segurança abandonando o carro da vítima em uma viela próxima ao local onde o corpo foi achado. Durante as investigações, a polícia encontrou uma digital parcial no veículo, que foi analisada e reconhecida.

As imagens registraram a movimentação de dois indivíduos andando por uma rua estreita às 21h24 do dia 27 de abril. Cinco minutos depois, às 21h29, eles estacionaram o Hyundai Tucson da professora na rua Ricardo Moretti.

No dia 3 de maio, o carro foi encontrado. Dentro do veículo estavam uma faca e um celular sem chip, que foram encaminhados à perícia.

Depoimento da esposa à polícia

Fernanda Fazio prestou novo depoimento no dia 2 de maio. Em sua primeira declaração, relatou que Fernanda Bonin deixou seu apartamento no Jaguaré, zona oeste da cidade, na noite do dia 27 de abril, para ajudá-la.

Segundo a versão apresentada, Fazio teria acionado a companheira após o carro dela apresentar falha na marcha, próximo à esquina entre a Avenida Jaguaré e a Avenida Torres de Oliveira — local distante cerca de 25 km de onde o corpo da professora foi encontrado.

Ainda conforme o registro policial, o carro da veterinária voltou a funcionar cerca de 30 minutos depois. Ela então seguiu para a casa da professora, seu destino inicial, e falou com o porteiro, que não soube informar se Bonin ainda estava no prédio.

No dia seguinte, ao perceber que a professora não havia comparecido ao trabalho, Fazio acionou a Polícia Militar e retornou ao edifício. Lá, teve acesso às imagens de segurança que mostravam a esposa saindo da garagem por volta das 18h52.

Nas gravações, Fernanda Bonin aparece entrando no elevador social, aparentemente calma, mexendo no celular e conferindo os dentes no espelho. Em seguida, o veículo dela sai da garagem no mesmo horário, sendo flagrado depois em uma rua próxima.

Local e circunstâncias do encontro do corpo

A Polícia Militar foi acionada por volta das 10h do dia 28 de abril e encontrou o corpo de Fernanda Bonin já sem vida, em um terreno nas proximidades da Avenida João Paulo da Silva, ao lado do Rio Jurubatuba. Um cordão semelhante a cadarço estava enrolado em seu pescoço, com um sulco visível, indicando estrangulamento. O celular da vítima não foi localizado. Câmeras da área auxiliaram na investigação e foram incluídas no relatório policial.

A Secretaria da Segurança Pública informou, por meio de nota, que as investigações seguem para identificar todos os envolvidos e esclarecer completamente o crime.

Quem era Fernanda Bonin

Fernanda Reinecke Bonin era professora de matemática na Beacon School e lecionava para adolescentes. Em nota ao portal Metrópoles, a escola expressou profundo pesar pela perda da educadora.

“Fernanda marcou profundamente a vida de muitos estudantes e colegas com sua dedicação, sua gentileza e seu compromisso com a educação, e deixará muita saudade. É uma notícia que impacta toda nossa comunidade escolar”, diz o comunicado.

A instituição afirmou ainda que está oferecendo apoio psicológico aos alunos e à equipe pedagógica.

Fonte: Metrópoles

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