Investigação -

MPSP investiga envolvimento de políticos no esquema dos ônibus do PCC

Foto: Jéssica Bernardo/Metrópoles

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) apura possível envolvimento de servidores públicos e políticos em esquema de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) por meio de empresas de ônibus na capital paulista.

Na última semana, as empresas Transwolff, atuante na zona sul, e UPBus, na zona leste, foram alvo da Operação Fim da Linha por acusações de lavagem de dinheiro da facção criminosa. Seis indivíduos foram detidos, incluindo Luiz Carlos Pacheco, conhecido como Pandora, proprietário da Transwolff, e 26 foram acusados.

O promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), expressou a necessidade de investigar a possível participação de servidores e políticos nesse esquema.

Na denúncia, dois políticos foram chamados como testemunhas pelo MPSP: o presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União), com base eleitoral na Transwolff, e o deputado federal Jilmar Tatto (PT), ex-secretário municipal de Transportes, responsável pela regularização dos antigos perueiros. Ambos não são alvos de investigação.

De acordo com as investigações, o PCC investiu nas duas empresas para auxiliá-las na participação da última licitação do transporte público entre 2018 e 2019, que ocorreu com apenas uma empresa interessada em cada área licitada. A falta de competição também levanta suspeitas sobre a possível formação de cartel.

As empresas alvo da operação estão sob intervenção da Prefeitura. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que, caso haja comprovação de irregularidades por parte de funcionários públicos, medidas serão tomadas. Ele também prometeu rescindir os contratos com as empresas de ônibus se for confirmado o esquema de lavagem de dinheiro do PCC.

A Transwolff, segunda maior frota de ônibus da cidade, foi a primeira a operar veículos elétricos e será responsável pelo Aquático, embarcação para transporte na represa Billings.

Além da investigação sobre políticos, a Corregedoria da Polícia Militar apura informações de que diretores das empresas, suspeitos de vínculos com o PCC, contavam com segurança provida por policiais militares.

Fonte: Metrópoles 

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