
Justiça decreta prisão de suspeito por envolvimento na morte da professora
A Polícia Civil de São Paulo avança nas investigações do assassinato da professora Fernanda Bonin, de 42 anos, encontrada morta em um terreno baldio na zona sul da capital paulista, no fim de abril. Um dos principais suspeitos de envolvimento no crime teve a prisão temporária decretada nesta semana, após a polícia localizar uma impressão digital parcial no carro da vítima, um Hyundai Tucson.
Imagens de câmeras de segurança mostram um casal abandonando o carro em uma viela estreita da Rua Ricardo Moretti, na região da Cidade Dutra, cerca de um quilômetro do local onde o corpo foi localizado. A polícia acredita que os dois indivíduos nas imagens estejam diretamente ligados ao assassinato e trabalha para identificá-los formalmente. O veículo foi encontrado no sábado (03/05), e passou por perícia, revelando uma faca e um celular sem chip dentro do porta-luvas, possíveis peças-chave na investigação.

Fernanda Bonin era professora de matemática em uma escola particular de alto padrão na zona oeste da cidade. Segundo testemunhas e relatos à polícia, ela havia saído de casa na noite de (27/04), para encontrar a ex-esposa, Fernanda Fazio, que teria solicitado ajuda devido a um problema mecânico no carro. Fernanda nunca mais foi vista com vida. Seu corpo foi encontrado na manhã seguinte, com sinais evidentes de estrangulamento.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) assumiu o caso, que inicialmente foi tratado como latrocínio, mas hoje é investigado como homicídio qualificado. A ex-esposa da vítima foi ouvida pelas autoridades e, até o momento, não é considerada suspeita, embora sua versão dos fatos siga sendo analisada com cautela.
Fontes próximas à investigação relatam que o suspeito identificado já tem passagem pela polícia por crimes patrimoniais. A prisão temporária foi solicitada justamente para evitar que ele fuja e para permitir aprofundamento das diligências, especialmente diante do risco de destruição de provas.
A repercussão do caso tem gerado comoção e indignação entre colegas, alunos e pais da escola onde Fernanda lecionava. A polícia mantém o caso sob sigilo, mas reforça que novas diligências estão sendo realizadas e não descarta a participação de mais pessoas no crime.