
Justiça condena quatro acusados por decapitar homem no interior de SP
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) condenou nesta quarta-feira (09/04) quatro dos cinco envolvidos na morte de Iago Félix de Morais, de 29 anos, em São Carlos, no interior paulista. A vítima foi assassinada e teve a cabeça decepada em agosto do ano passado.
O julgamento ocorreu no Fórum Criminal de São Carlos. Os réus Wesley Gabriel de Brito, Wiliam Paulino Vechiez, Carlos André Giovanini da Silva, Vitor Antonio Cruz e Nelson Vechiez Neto estavam detidos desde o dia do crime e foram levados a julgamento ontem.
Após a audiência, Wiliam e Nelson Vechiez — pai e filho, com 46 e 22 anos respectivamente — foram sentenciados a 14 anos de prisão em regime fechado. Além deles, Wesley Gabriel, de 29 anos, recebeu pena de 10 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão, enquanto Vitor Antonio, de 27 anos, foi condenado a nove anos e quatro meses, também em regime fechado.
De acordo com o processo, os réus agiram com “intenso dolo na execução do crime, utilizando-se de meio cruel”. O quinto acusado, Carlos Giovanini, foi absolvido, e o juiz Eduardo Cebrian Araújo ordenou a emissão de um alvará de soltura.
A defesa alegou que Wiliam teria agido em legítima defesa de terceiros e que não havia provas suficientes para condenar os demais acusados. No entanto, o júri optou pela condenação.
O crime
O corpo de Iago foi localizado próximo à Represa do 29, na Estrada Municipal Guilherme Scatena, em São Carlos, no dia 2 de agosto do ano passado. Segundo informações da Polícia Militar (PM), a vítima foi encontrada sem roupas, e sua cabeça foi achada em uma área de mata, no bairro São Carlos 8.
Natural de Pindobaçu (BA), Iago residia no bairro onde a cabeça foi descoberta. Conforme apurado nas investigações, o homicídio teria ocorrido entre os dias 30 e 31 de julho, mas a denúncia anônima à PM só foi feita na noite de 1º de agosto.
Os suspeitos foram identificados e confessaram o assassinato, indicando ainda os locais onde estavam o corpo decapitado e a cabeça da vítima.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o caso foi apurado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) como homicídio e destruição, ocultação ou subtração de cadáver.
Fonte: Metrópoles