O caso ocorreu em São Paulo -

Jovem vira réu por matar enfermeira trans com taco de beisebol

O jovem seringueiro Cleiton Jesus dos Santos, conhecido como Baiano e com 19 anos de idade, enfrentará um processo na Justiça de São Paulo por conta do trágico homicídio da enfermeira trans Baixus Bitencourt, de 38 anos, que foi brutalmente atacada com golpes de um taco de beisebol. O corpo da vítima foi descoberto em um canavial localizado na cidade de Orindiúva, no interior paulista, no dia 10 de agosto. Com informações do Metrópoles.

Foto: Reprodução

Baiano admitiu perante as autoridades policiais que cometeu o homicídio da enfermeira trans e alegou agir em legítima defesa. Conforme seu depoimento, registrado na Delegacia Seccional de São José do Rio Preto, também no interior de São Paulo, ele afirmou que a vítima o atacou primeiro, mas ele conseguiu desarmá-la e a golpeou várias vezes, inclusive após ela desmaiar.

De acordo com o relato do réu, ele concordou em se encontrar com Baixus Bitencourt após receber uma oferta de R$ 500 para um encontro íntimo, sendo que o contato inicial ocorreu pelo Facebook. O encontro aconteceu nas margens de uma estrada vicinal, conhecida como Rodovia Carlos Deliberto, na noite de 9 de agosto.

Segundo o depoimento, no momento do pagamento, a vítima teria tentado surpreendê-lo com um taco de beisebol, dizendo: "Olha o seu dinheiro aqui." Baiano sofreu golpes nos braços e na coxa, mas conseguiu derrubar a enfermeira, lançando sua bicicleta sobre ela e tomando posse da arma.

Segundo a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), Baixus Bitencourt, cujo nome de registro era Silvano da Silva Carvalho, conseguiu fugir e atravessar a rodovia, mas tropeçou e acabou alcançada pelo acusado. A vítima perdeu a consciência após receber um golpe poderoso na cabeça e, em seguida, foi agredida repetidas vezes na região do pescoço e na área da garganta. O laudo pericial estabeleceu que a causa da morte foi um traumatismo craniano.

O promotor Fernando Rodrigo Garcia Felipe afirmou na denúncia que não houve legítima defesa, uma vez que Baiano continuou perseguindo e agredindo a vítima mesmo após o término das agressões iniciais, quando ela já estava desmaiada e sem possibilidade de se defender.

Para a promotoria, o homicídio também foi caracterizado por crueldade. A denúncia foi aceita pelo juiz Luan Casagrande, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), em 6 de setembro.

Baiano foi detido pela Polícia Militar em 12 de agosto, quando se escondia na casa de sua irmã, localizada em São José do Rio Preto, e foi capturado em Guapiaçu, uma cidade situada a 90 quilômetros de distância do local do crime.

Fonte: Metrópoles

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